Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 224

"Estou comendo", eu disse.

O clima à mesa ao meu redor mudou. Era como se eu pudesse sentir a tensão no ar e tenho certeza de que meus companheiros estavam prendendo a respiração.

"Isso não pode esperar", ele disse.

"Vai ter que esperar", eu contra-ataquei.

Ele rosnou.

"Lola..." Sheila me cutucou.

"A menos que alguém esteja morrendo, eu vou terminar meu jantar." Eu queria falar com Alec, mas suas ações não estavam me dando confiança de que ele ia reagir melhor a mim do que antes.

Dei uma mordida no meu hambúrguer. Depois da minha última experiência saindo de Wolf Creek e ficando sem comida por vários dias, eu não ia desperdiçar uma boa refeição.

Para minha surpresa, Alec sentou-se no banco ao lado de Sheila. A tensão pairava no ar, mas eu voltei para o meu jantar, fingindo que ele não me incomodava.

"Desculpe", Alec disse.

Todas as cabeças se viraram para ele, então senti seus olhos em mim. Minhas bochechas queimaram. "Você está desculpando?"

"Eu não tinha o direito", ele disse.

Eu não estava esperando um pedido de desculpas. Claro, eu meio que esperava que ele visse o quanto ele tinha sido idiota, mas não achava que ele admitiria. Muito menos fazer isso na frente de outras pessoas.

"Obrigada", eu disse.

"Estamos bem?" ele perguntou.

"Sim." Eu não tinha certeza se isso era verdade, mas não estava em um lugar para trabalhar minhas emoções agora.

Ele assentiu, depois se levantou da mesa. "Vou passar amanhã de manhã. Você deveria dormir esta noite."

"Tudo bem", eu disse.

Sem dizer mais uma palavra, Alec nos deixou sentados em silêncio. Olhei para minha comida, mas meu apetite já tinha ido embora. Droga, Alec. Ele arruinou um hambúrguer perfeitamente bom.

"Quem quer torta?" Mario perguntou, quebrando o longo silêncio.

"Eu definitivamente quero torta e se ela não vai comer, eu vou pegar a dela", disse Sheila.

"Torta parece ótimo." Eu me forcei a comer o resto da minha comida, sabendo que seria um dia longo amanhã. Eu não tinha certeza se o café da manhã fazia parte da nossa preparação para invadir minha antiga casa e eliminar um vínculo de acasalamento.

Consegui participar de uma conversa casual, mas minha cabeça e meu coração não estavam nele. Assim que foi socialmente aceitável dizer boa noite, me desculpei do grupo.

Amanhã eu ia voltar para casa. Parecia surreal considerar voltar voluntariamente para Wolf Creek. Greta tinha sido clara, porém. Eu tinha que enfrentar meu passado e descobrir o que eu realmente queria. Acho que voltar era a única maneira de seguir em frente.

A pior parte de tudo isso era que eu tinha que confiar em Alec. Eu não tinha ideia de como íamos entrar e sair sem sermos detectados. Ele mencionou que eu precisava estar perto de Tyler, mas eu não sabia o que isso significava. Pelo menos ele estaria lá comigo.

Apesar de tudo com Alec, ele sempre se levantou e me ajudou sempre que eu precisava. As coisas eram diferentes entre nós agora, e embora eu não soubesse o que vinha a seguir, supunha que confiava que ele me manteria segura.

Se ao menos eu tivesse conseguido descobrir como mudar antes de voltar. Eu me sentiria um pouco melhor se pudesse estar mais à altura da força dos outros. Alec teria que ser suficiente.

Eu sabia que precisava dormir, mas ainda estava acordada quando Sheila se aproximou da tenda. Mantive os olhos fechados e fingi que estava dormindo. Logo, ouvi sua respiração lenta.

Os grilos cantavam e uma brisa mexia as laterais de lona da tenda. Os sons calmantes da noite deveriam me embalar para dormir, mas eu estava muito inquieta.

Finalmente desistindo de dormir, me sentei e calcei minhas botas. Talvez uma curta caminhada e um pouco de ar fresco ajudassem.

A área comum estava vazia e a lua era um fio dando muito pouca luz. Nunca tinha visto escuridão assim. Wolf Creek não era uma cidade grande, mas sempre havia luzes acesas em algum lugar. Postes de luz, sinais em lojas, até janelas nas casas das pessoas. Sempre havia alguém acordado sempre que eu saía, não importava a hora. Cruzando os braços contra o frio, continuei caminhando.

"Amanhã, vamos dirigir até a beira de Wolf Creek e fazer uma trilha. Você disse que sua mãe mora no parque de trailers, certo?"

"Sim", concordei.

"Enquanto você vai lá para recuperar o que puder encontrar, eu vou preparar o que precisamos para quebrar o vínculo. Existe um lugar onde podemos nos encontrar que tenha fortes laços comunitários, mas não seja muito lotado?" ele perguntou.

"Há um celeiro antigo na extremidade sul da cidade. Eles realizam a maioria das cerimônias lá, mas não é usado durante o dia", eu disse.

"Ótimo, nos encontraremos lá assim que você encontrar o que precisa", ele disse.

"Como faremos?" eu perguntei. "Quebrar o vínculo, quero dizer."

"Greta me deu algumas dicas, coisas que podemos tentar enquanto você estiver mais perto dele." Ele se aproximou de mim e eu prendi a respiração. Eu podia vê-lo melhor fora das sombras das árvores. Mesmo na escuridão, vê-lo nu enviou uma onda de luxúria por mim. Eu ainda o queria.

"Está bem", eu disse. "Estou confiando em você com isso."

"Eu sei", ele disse.

"Depois que o vínculo for quebrado, você acha que vão parar de vir atrás de mim?" eu perguntei.

"Sim", ele disse.

"Ótimo." Eu estava com muito medo de perguntar sobre o que viria a seguir. Eu seria bem-vinda de volta aqui? Alec e eu superaríamos essa estranheza entre nós? Parte de mim ainda estava confusa enquanto o resto de mim estava pronta para pular nele bem ali.

"Eu devo ir." Eu não podia confiar em mim mesma para ficar mais tempo. Havia muito em jogo amanhã. Uma vez que fizéssemos o que precisava ser feito, eu descobriria o que estava acontecendo com Alec.

"Tente dormir um pouco, Lola", ele disse.

"Você também." Eu me virei e voltei para a tenda de Sheila sem olhar para trás.