Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 311

Eu deveria estar na sala do trono e certamente este não era aquele quarto. Não havia trono à vista. Merda, nem mesmo havia cadeiras aqui. Apenas mesas altas e alguns bares onde os convidados podiam pegar um coquetel.

Um par de portas duplas chamou minha atenção. Vidro embaçado estava embutido em madeira escura e pareciam caros e formais. Isso tinha que ser um bom sinal.

Segui direto para as portas, esperando estar fazendo a escolha certa. Assim que me aproximei das portas, elas se abriram, dois homens enormes em smokings apoiados contra elas. Uma mulher em um vestido preto de lantejoulas até o chão se colocou entre eles. Ela bateu palmas. "Atenção, todos."

A música parou e o burburinho da conversa diminuiu. Fiquei enraizada no lugar, a cerca de dez metros das portas. Lentamente, me aproximei da parede, esperando me misturar mais.

"É hora de prestar nossos respeitos ao rei. A sala do trono está agora aberta." Ela fez um gesto em direção à sala aberta atrás dela, depois virou e entrou. Os homens segurando as portas mantiveram sua posição. Tive a sensação de que eles não eram convidados. Eles pareciam muito mais guardas.

A conversa sussurrada recomeçou à medida que os convidados avançavam em direção às portas abertas. Lentamente, abri caminho pela multidão, desta vez mirando o centro em vez das bordas. Movia-me com os outros, como se estivesse seguindo uma corrente, passando pelos guardas e pelas portas duplas abertas.

Não havia como errar, esta sala era a sala do trono. No momento em que entrei, fui atingida por pura opulência. Papel de parede dourado, carpete roxo profundo, lustres de cristal e um palanque no fundo, completo com um trono ornamentado e maciço. No trono estava o homem com quem eu tinha interagido em seu quarto. Chris Lupton, o próprio rei dos metamorfos.

Vasculhei a sala, esperando avistar Spencer, Malcom ou Star. Em toda a multidão, eles deveriam ser fáceis de encontrar. Nenhum de nós estava vestido formalmente e eu não estava vendo ninguém que se destacasse.

Onde eles estavam? Aconteceu alguma coisa?

Esperei no meio da multidão, não querendo revelar que tinha a coroa mais cedo do que precisava. O objetivo era usá-la como alavanca para o desafio alfa de Spencer. Neste ponto, eu estava preocupada que Chris notasse e exigisse que a trouxessem para ele antes que Spencer pudesse dizer o que tinha a dizer. O que aconteceria quando ele me reconhecesse como a mulher de seu quarto? Ele saberia que eu peguei a coroa e o segui até aqui.

A cada segundo que passava, eu ficava mais nervosa. Olhei ao redor da sala, perguntando-me se havia um lugar onde eu pudesse esconder a coroa por enquanto. Neste vestido, eu poderia me misturar bem o suficiente para provavelmente me esconder à vista de todos.

"Amigos, este ano é um aniversário extra especial," chamou o rei.

Chris se levantou do trono e caminhou até a beira do palanque. Ele parecia tão satisfeito consigo mesmo. "Amigos, eu lhes apresento a verdadeira companheira traiçoeira de meu irmão. Ela fugiu anos atrás, o abandonando. Honestamente, isso deveria dizer tudo o que vocês precisam saber sobre ele. Nem mesmo sua própria companheira o queria."

Os metamorfos ao meu redor riram. Alguns deles educadamente, nervosamente, mas todos participaram. Meu sangue ferveu e apertei a coroa com mais força, sentindo a raiva rugir dentro de mim.

Minha loba estava arranhando meu peito, desesperada para sair. Ela queria despedaçar o rei metamorfo em pedaços. Como ele se atrevia a humilhar minha mãe daquela forma? E como ele se atrevia a fazer um comentário daqueles sobre as verdadeiras companheiras. Todo o sistema estava ferrado. Se alguém quisesse sair, deveria ser permitido sair.

O problema era que eu não acho que minha mãe queria estar longe de seu companheiro. Tive a sensação de que todas as suas escolhas tinham sido para me proteger. Não estava certo. Ela não deveria estar envolvida nisso.

Onde diabos estava Spencer? Ele precisava agir. Minha mãe foi arrastada até o palanque. Seu cabelo vermelho pendia em uma bagunça em frente aos olhos, suas roupas estavam folgadas e sujas. Tudo nela a fazia parecer tão patética e desesperada quanto eu me lembrava. Exceto que agora eu sabia melhor. Ela se deixou levar à loucura por desespero.