Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 335

Ele me abraça tão apertado que quase não consigo respirar; seus braços são fortes como pedra nas minhas costas. Inclinando-se para perto, ele diz suavemente: "Eu estava com tanto medo de que você não voltasse."

Sinos de alarme tocam na minha mente. Eu me afasto dele e inclino a cabeça, fingindo verificar meu penteado imóvel para evitar olhá-lo nos olhos.

"Você esteve fora por cinco anos", ele diz, de repente pragmático. "Você pode não sentir o mesmo por mim como sentia antes de partir."

Como você sabe o que eu senti por você? Eu quase retruco.

Minha memória volta ao dia em que ele bateu na porta do meu quarto, me assustando com sua presença na minha casa, me assustando mais com o anúncio de que meu pai assinou um pacto de acasalamento. Ashton e eu mal nos conhecíamos; embora tivéssemos sido educados na academia particular que todas as crianças da matilha de Toronto frequentam, não éramos amigos. Mal falávamos um com o outro antes de ele se aproximar do meu pai.

Até hoje, ainda não tenho certeza do que Ashton realmente procurava com nosso noivado. Talvez tenha sido uma decisão impulsiva feita sob a influência de uma paixão jovem e não correspondida. Ele queria um emprego do meu pai, então talvez Ashton tenha pensado que um casamento garantiria essa posição para ele. Seja qual for o motivo, mal conheço esse homem parado na minha frente, agindo como se fôssemos amantes separados há muito tempo.

Meus sentimentos por ele não mudaram. Porque eles nunca existiram em primeiro lugar.

"Pensei que você já teria cancelado o pacto de acasalamento até agora", digo, rezando para que "esperança" não substitua uma palavra crucial enquanto falo.

"Nunca." Ele balança a cabeça firmemente e pega minha mão, entrelaçando nossos dedos.

De alguma forma, nos cinco anos em que estive fora, completamente cortada da comunicação com a matilha, estive envolvida em um grande romance com meu noivo, um homem que mal conheço.

"Agradeço isso." O que mais há para dizer? "Minha mãe ficaria humilhada."

"Não faria nada para envergonhar sua família. Quando eles já passaram por tanto." Ele se interrompe e sua expressão dolorida para pouco antes de uma careta.

Eu sei de uma saída quando vejo uma. Me viro para Ashton para dizer que preciso sair para tomar um ar, mas antes que eu possa falar, vejo o rei se aproximando de mim, com a boca curvada em um sorriso levemente torto.

Ele para na nossa frente e inclina a cabeça para mim. "Senhorita Dixon."

Ele sabe meu nome. Não apenas isso, mas nem sequer reconhece Ashton ao meu lado.

"Líder da Matilha", sussurro, fazendo uma reverência.

Mantenho os olhos baixos e vejo sua mão, com o pesado anel real, alcançando a minha. Ele é o rei. Deixo ele pegar e me levanto, rezando para que minha palma não esteja tão suada quanto temo. As cordas começam um tango.

Ele não solta minha mão. "Você me honraria com uma dança?"