Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 343

Eu me sento do outro lado da grande mesa de café em frente a ele, no outro sofá. Eu preferiria mastigar meu próprio pé para escapar de uma armadilha do que chegar perto dele. "Bem, terei que acreditar em você. Eu não tive contato com outros lobisomens enquanto estive lá."

Sua expressão muda completamente para uma de total consternação. Ele coloca a mão no peito. "Oh não, Bailey. Espero que você não assuma que eu estava te acusando de algo. Eu só queria saber se você escolheu... experimentar por conta própria."

"Eu nem saberia por onde começar." Os servos supervisionam a magia que nos permite controlar se mudamos de forma na noite da lua cheia. Eu não faço ideia de como realizar a mudança sem a cerimônia. "Parece que seria estúpido e perigoso."

Ainda assim, seus olhos tristes e apologeticos parecem tão sinceros. "Eu teria achado muito corajoso."

Eu não sei como responder a isso, então eu assinto, e nós ficamos em um silêncio insuportável.

"Acho que devemos esclarecer as coisas, Bailey." Seu tom é gentil, estranhamente íntimo. "As pessoas estão falando sobre o que aconteceu no baile."

E ele quer cancelar o pacto de acasalamento. Meus ombros relaxam aliviados.

Ele confunde o gesto involuntário com decepção e se levanta para vir sentar ao meu lado. Leva tudo em mim para não me afastar quando sua coxa encosta na minha, para não puxar minha mão quando ele a segura.

"Não me importo que as pessoas estejam falando sobre isso." Ele levanta e afasta uma mecha do meu cabelo da minha bochecha.

Estranhamente, eu não quero mais recuar. Talvez alguns dias de todos atribuindo motivos ocultos a tudo que já fiz tenham me deixado desesperada por qualquer sinal de aprovação.

Isso é perigoso, porque no papel, Ashton pode ser o cara dos sonhos. Rico, bem vestido, bonito, com um sorriso agradável e maneiras educadas. Há apenas um pequeno detalhe que me incomoda: ele basicamente me comprou do meu pai sem sequer um leve interesse meu.

Meus desejos não são integrais para o plano de vida dele. Eles nunca foram, e não consigo ver isso mudando.

Eu retiro minha mão lentamente. "Você é o único que não se importa. De acordo com minhas irmãs, eu basicamente arruinei sua reputação."

"Minha reputação sobreviveu a você me deixando plantado." Ele sorri nervosamente. "Isso foi uma piada."

Eu pisco surpresa. "Você sabe mais sobre o Direito do que eu pensava."

"Foi discutido extensivamente depois que você o invocou," ele explica. "Entre os já transformados, é claro. Houve um pânico de que, se fosse ensinado na escola, poderia atrair outros a seguir o exemplo."

"Isso aconteceu?" Espero que tenha acontecido. Espero que pelo menos outro jovem membro da matilha tenha exercido um mínimo de controle sobre sua própria vida.

Mas Ashton balança a cabeça. "Você é uma história de advertência, e uma eficaz. Mas eu me pergunto..."

Ele baixa os olhos enquanto sua voz se cala. Eu o pressiono pelo resto. "O que você se pergunta?"

Ele encontra meu olhar e um músculo treme em sua mandíbula. "Eu me pergunto se você é o único de nós que já foi tão infeliz que precisou sair."

"Não foi infelicidade." Não totalmente. E essa é a verdade. "Eu precisava ver o que está lá fora. Os humanos comandam o mundo. Nós vivemos entre eles. Eu só precisava saber por que somos tão separados."