Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 358

Eu tento não pensar nisso enquanto o maître d' me leva pelo piso principal fracamente iluminado, até um sofá redondo de couro marfim macio. Ashton espera lá, seu cabelo acobreado penteado para trás e roçando a gola de seu caro paletó. Ele se levanta com um sorriso amplo, pega minhas mãos e beija minha bochecha. "Quase desisti de você."

Eu queria que você desistisse. Eu fisicamente mordo minha língua para não dizer isso. "Desculpe. Me perdi no caminho para cá."

Ele franze a testa enquanto nos sentamos. "Você dirigiu sozinha?"

"Sim," eu afirmo através do meu sorriso com os lábios fechados.

"Você não deveria ter feito isso." Sua preocupação é infantilizante e irritante.

"Por quê?" Eu inclino a cabeça e pego a carta de vinhos que foi deixada para nós na mesa. Há uma razão pela qual dirigi sozinha esta noite: o carro é uma boa desculpa para não ir para casa com ele. Afinal, não posso simplesmente deixar um Bentley em um estacionamento durante a noite, mesmo em um estabelecimento de propriedade da matilha.

"Toronto é uma cidade perigosa," ele diz, como se eu não tivesse morado em Londres por cinco anos sozinha.

"Eu sei," eu digo, praticamente cerrando os dentes.

"Bem, não importa. Você não vai dirigir sozinha quando estivermos casados." Ele pausa enquanto o garçom para em nossa mesa e, sem perguntar minha preferência, pede uma garrafa de Pinot Grigio e uma tábua de antepastos para nós.

Isso me irrita tanto que não consigo deixar de dizer a ele, "Eu não gosto de azeitonas," no meu tom mais gelado.

"Oh?" Ele é completamente indiferente a isso, da mesma forma que foi sobre a proibição de dirigir que acabou de anunciar. "Vou anotar isso para a próxima vez."

Não haverá uma próxima vez. Eu quero gritar isso em seu rosto convencido. Meu único arrependimento sobre essa situação com Nathan é que não verei o rosto de Ashton quando ele descobrir que me perdeu.

Não que ele realmente me tenha. Mesmo que acabássemos sendo companheiros - e eu deixarei a matilha antes que isso possa acontecer - ele nunca me conhecerá de verdade e com certeza não me possuirá.

"Bailey," Ashton começa com um risinho envergonhado. "Por favor, não me ache ciumento ou possessivo, mas preciso saber o que aconteceu em Aconitum Hall, entre você e o rei."

"Você já considerou como será um bom companheiro para mim?" Pergunto, apoiando meus cotovelos na mesa e descansando o queixo nas minhas mãos empilhadas.

Isso o deixa surpreso, julgando pela forma como ele se mexe na cadeira. "Bem... No início deste ano, comprei uma casa de férias em Negril. Isso é em—"

"Jamaica. Eu sei geografia."

"Claro." Ele me lança seu sorriso deslumbrante. "Há o iate da família, e recentemente coloquei meu apartamento à venda. Pensei que poderíamos comprar algo mais perto de seus pais. Sei que você não vai querer ficar longe deles."

"Eu nem gosto dos meus pais," eu solto.