Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 377

Para um homem que me assegurou que não será manipulado com sexo, Nathan certamente age rápido. Minhas irmãs chegam de Newfoundland na manhã antes da minha coroação, menos de vinte e quatro horas depois que Nathan e eu fizemos nosso acordo.

Hannah me tira de uma prova do meu vestido de coroação para irmos até a sala do trono vazia. Já há um trono secundário no pódio para mim. Mesmo que eu ainda não seja rainha, eu o ocupo mesmo assim.

O mordomo está lá, e ele espera que Hannah o sinalize antes dos guardas abrirem as portas e ele anunciar, "Tara e Clare, anteriormente da matilha de Toronto."

A parte do "anteriormente" da frase deve doer. Assim como, imagino, a parte em que seus sobrenomes foram retirados delas. Mesmo de longe na sala do trono, vejo Tara se encolher. Mas Clare mantém a cabeça erguida regiamente enquanto se aproximam, e ambas fazem uma reverência quando chegam ao pódio, mas eu me levanto e quase as abraço.

"Estou tão feliz que vocês estão bem!" Não me importo que lágrimas rolem pelo meu rosto enquanto as abraço.

Clare dá um passo para trás e aponta para suas roupas. "Estou usando macacão e um suéter acrílico desfiando do Value Village. Eu estou bem?"

Tara, observo, está usando uma camiseta furada por baixo de uma flanela desabotoada e calças rasgadas. "Eles nos colocaram em dois motéis diferentes. Não podemos falar umas com as outras."

"Motéis?" Nathan acha que vai conseguir mantê-las em motéis por um século?

"Não é permanente. Seremos transferidas para trailers na terra da matilha. Com os outros traidores banidos," Clare diz com raiva.

"Bem, por enquanto, acho que vocês vão ficar aqui." Não consigo acreditar que elas considerariam a ideia de voltar. Mas elas não precisam saber que é minha escolha, de qualquer maneira.

E sim, é uma sacanagem da minha parte, mas foi uma sacanagem dos maridos delas as terem banido em primeiro lugar.

"Foi a impressão que tive," Tara diz alegremente. "Espero que não seja bom demais para ser verdade."

"Desde que sigamos o companheiro dela, o rei, eu assumo que não seja," Clare resmunga.

Estou percebendo que elas não são muito fãs do Nathan. Elas podem se juntar ao meu clube.

Mas não quero que saibam que há atrito entre ele e eu. "Isso... tipo, vocês estão bravas com ele por estarem aqui?"

"Não," Tara diz firmemente, por cima da resposta estridente de Clare, "Sim!"

Tara suspira de frustração. "Talvez você consiga falar algum sentido para ela, Bailey."

"Oh, sou eu quem precisa cair na real?" Clare zomba. "Você praticamente pulou no carro quando teve a chance de abandonar o Josh."

Isso parece uma panela que está fervendo o caminho todo até aqui. "Olha, talvez possamos falar sobre isso depois de vocês terem ido para seus quartos e trocado de roupa—"

"Eu não abandonei o Josh!" Tara grita. "Ele me abandonou quando decidiu se envolver em um plano de assassinato!"

Obrigada! Concordo silenciosamente.

"Quer dizer, você vai culpar essa coisa de damas de companhia na Bailey, só porque o rei é o companheiro dela?" Tara pergunta.

Silêncio sobre isso, por favor, imploro silenciosamente.

"Não," Clare diz, fria e calma. "Se ela apoia a escolha dele, está fazendo a coisa certa. Devemos ser leais aos nossos companheiros."

"Rei e matilha, depois companheiros," eu coloco suavemente. Elas não reconhecem e isso provavelmente é o melhor. Vi algumas brigas épicas quando estávamos crescendo e ainda não quero fazer parte de uma.

"Então você está dizendo que apoia a escolha do Julien de tentar assassinar o rei?" Tara pergunta, e eu lanço um olhar ao redor para todos os guardas na sala.

"Vou ter que pedir para você pensar muito, muito cuidadosamente antes de responder isso," eu aviso. "Eu sei que, é claro, você nunca defenderia o assassinato do seu rei e líder da matilha, mas não gostaria que alguém a interpretasse mal."

"Por quê? Eles vão me mandar de volta para o meu companheiro onde eu pertenço." Clare não será subjugada pelo que provavelmente percebe como uma exibição irritante de uma irmã mais nova que foi elevada muito acima de sua posição.

Meu coração afunda. "É isso que você quer?" De todos nós, Clare é a que eu contaria ser a mais animada sobre esse arranjo. Eu poderia ver Tara sobrevivendo sem luxo, mas não Clare. A menos que... "Você ama o Julien?"

Eu sei que a pergunta a coloca em uma situação difícil, mas é importante. Se ela não quer estar aqui por algum conceito altruísta de tradição e lealdade, não me sinto terrível por fazê-la ficar. Aquelas regras sobre o que devemos valorizar como as fêmeas da matilha? São besteira e não vou respeitá-la por se apegar a elas. Mas se ela o ama... Quando ela não responde, me sinto ainda pior.

"Só... nos leve para nossas celas. Estou cansada desse dia todo."

"Sim, claro," eu digo, desanimada. "Vocês têm a tarde livre. Eu sei que a Amanda tem algumas coisas relacionadas à coroação para revisar—"

"Amanda?" Clare faz uma careta, como se tivesse decidido não gostar da thrall apenas pelo nome.

Hannah sai de trás do pódio e cumprimenta minhas irmãs calorosamente. "Tara. Clare. Faz tanto tempo."

"Hannah?" O franzir derrotado de Tara se transforma em um sorriso enorme. "Meu Deus, o que você está fazendo aqui?"

"Sou assistente pessoal da sua irmã."

“Humanos, você pode acreditar, fantasmas são um passo longe demais.” Eu bufo. “Espero que não tenha vindo aqui pensando que estava cobrando nosso acordo agora.”

“Aqui? No meio do dia?” Ele empurra um dos brinquedos de Jo que escapou do cercadinho com o pé. “Que desperdício isso seria.”

“Então por que você está aqui?” Espero que soe tão antagonista quanto me sinto.

“Estava tentando discernir qual ângulo me entregou,” ele diz, virando-se para a janela. “E onde devo colocar novas cercas.”

“Oh, tenho algumas ideias de onde você poderia colocá-las.”

Ele solta uma risada ao me encarar novamente. “Deixei isso aberto, não foi?”

“Com certeza.” Não sorrio. Não quero que ele se sinta bem-vindo em meu espaço pessoal. E a maneira como o ar crepita entre nós, é perigoso para minha força de vontade se ele ficar. “É só isso?”

“Até esta noite,” ele confirma.

“O que tem esta noite?” Ninguém me falou sobre quaisquer obrigações sociais pré-coroação.

“Oh, estou cobrando,” ele diz, enfiando as mãos nos bolsos e se inclinando um pouco. “Em nosso acordo.”

Reviro os olhos. “Nathan, amanhã é minha coroação e—”

“Você vai estar tão cansada depois, tenho certeza,” ele diz com simpatia fingida. “Por isso esta noite é melhor. E funciona melhor para mim.”

“Por que, você tem algo marcado para amanhã?” Meu estômago azeda e percebo que não quero saber a resposta. “Deixa pra lá. Que horas?”

“Venha até mim às nove,” ele decide após uma pausa. “Gostei do camisola branca. Use isso.”

“Está sujo. Alguém gozou nele,” digo secamente.

“Você tem em vermelho?” ele pergunta, como se eu fosse uma maldita loja de departamentos.

“Acho que não tenho.”

“Você terá,” ele diz com um levantar de sobrancelhas. Ele caminha até a porta, não parando enquanto passa por mim. Ele não olha para trás enquanto me deixa com, “Vai ser uma noite longa. Descanse.”