Renascendo em Liberdade: A Reviravolta de Luciana Serra romance Capítulo 3

Luciana Serra pegou sua filha no colo e lhe deu um beijo na bochecha clara, com um olhar cheio de ternura: "Naiara, querida, mamãe vai brincar com você."

Vendo a mãe e Naiara Serra tão íntimas, Valter Passos sentiu-se um tanto invejoso e um pouco desolado, enquanto Valdir Passos deliberadamente virava o rosto, evitando olhá-las.-

O homem, frio e distinto, ao ver a expressão de desapontamento no rosto de seu filho, olhou para Luciana Serra com um olhar que se tornou ligeiramente mais frio.

Após o café da manhã, Norberto Passos e seu secretário saíram para procurar um caminho de volta.

Sabendo que eles iriam embora hoje, Luciana Serra não insistiu para que as crianças ficassem um pouco mais.

Havia alguns anos desde a última vez que se viram, e mesmo que as crianças não a amassem, afinal, eram seus próprios filhos.

No entanto...

Olhando para a tempestade incessante lá fora, Luciana Serra franzia a testa, com um pressentimento desconfortável.

Enquanto preparava o café, Valter Passos, segurando seu carrinho favorito, espiava cuidadosamente de seu quarto, movendo-se lentamente em direção a Naiara Serra.

Sentada no cercadinho, Naiara Serra agitava suas mãozinhas rechonchudas.

"Irmão."

Ao ouvir a voz, Luciana Serra olhou para trás e viu Valter Passos parado de forma rígida do lado de fora do cercadinho.

Encontrando o olhar de Luciana Serra, ele baixou a cabeça, desconfortável, e disse: "Esse é o novo brinquedo que papai comprou para mim, eu quero dar para a minha irmã."

Valter Passos, ao ver que ela não o impedia, passou o carrinho para Naiara Serra.

"Irmã, é para você."

Naiara Serra, já de pé, caminhou até a borda do cercadinho, feliz em puxar a mão de Valter Passos, querendo que ele entrasse para brincar com ela.

Valdir Passos gritou: "Irmão, não dê para ela!"

—

Quando Norberto Passos voltou, ouviu Valdir Passos chorando.

Seu rosto perfeito como uma criação divina estava coberto de frieza, e com lábios finos marcados por um ar gélido, ele caminhou rapidamente em direção ao seu filho mais novo que chorava.

Naiara Serra, a pequena, segurando o carrinho, aconchegava-se docilmente no colo da mãe, confusa pelo motivo do estranho irmão chorar tão alto.

Exceto pelo seu casamento com Luciana Serra...

Que durou apenas breves cinco anos.

Ele olhou friamente: "Luciana Serra, eles são seus filhos biológicos, frutos de nove meses de gravidez! Com uma chuva tão forte, você tem coragem de deixá-los sair?"

A voz do homem carregava irritação enquanto ele ajustava a gola da camisa.

"Luciana Serra, Valter e Valdir acabaram de se recuperar de uma febre, essas palavras foram ditas sem pensar, vamos realmente levar a sério o que uma criança de seis anos diz?"

Valter Passos explicava ao lado: "Pai, o carrinho que dei para minha irmã foi o que você comprou para mim. O carrinho do meu irmão está em casa, ele pensou que eu tinha dado o carrinho dele para a irmã e por isso ficou tão chateado."

Norberto Passos nunca havia negado um brinquedo aos filhos, ao saber que Valdir Passos havia feito tal confusão por um carrinho, seu olhar se endureceu.

"Valdir Passos, seu irmão tem o direito de decidir para quem ele quer dar seus brinquedos, seu choro é sem razão."

Naiara Serra, aconchegada nos braços da mãe, embora não entendesse as palavras dos adultos, ao ouvir "carrinho", saiu do abraço de Luciana Serra, segurando o carrinho de brinquedo, e foi até Valdir Passos.

Naiara Serra estendeu o carrinho para Valdir Passos: "Irmão, brinque."