Carola balançou a cabeça; ela havia decidido não verificar. Se fosse mesmo um menino, não queria que o sonho de Adriano de ter uma filha se desfizesse tão cedo.
“Adriano quer uma filha, mas para mim tanto faz.”
Mãe e filha raramente tinham uma oportunidade tão boa para uma conversa sincera. De repente, Carola se lembrou de algo.
“Mamãe, você realmente não se importa com a questão do Vitório e do Miguel? Eles nunca terão filhos biológicos.”
Luciana riu ao ouvir. “Claro que não me importo. Você e o Ernesto podem ter mais uns dois filhos, e está tudo resolvido. Além do mais, os filhos que Siena e Neusa tiverem também são da nossa família. Não importa se eles dois têm filhos ou não.”
“A mamãe ganhou mais um filho, nem imagina como estou feliz. Contanto que o seu Vitório goste, contanto que eles sejam felizes, o resto não importa.”
Carola assentiu vigorosamente, tornando-se a maior fã de Luciana. “Mamãe, você é incrível.”
Luciana beliscou carinhosamente o nariz dela, levantou-se e subiu as escadas. “Ah, você... Chame o Vitório e os outros para jantar aqui hoje à noite. A mamãe tem um compromisso e precisa sair.”
“Esses dois não aparecem em casa há tempos. Não sei com o que andam tão ocupados. Temos dinheiro de sobra, não vão morrer de fome se ganharem um pouco menos.”
Ouvindo Luciana resmungar enquanto subia as escadas, Carola sorriu com os olhos curvados.
Pegou o celular para enviar uma mensagem a Vitório e, quando estava prestes a guardá-lo, o telefone tocou.
“Querido.”
“Querida, já comeu?”
Carola disse que já tinha comido e, em seguida, desligou a chamada.
Enquanto Adriano estava um pouco confuso, uma chamada de vídeo chegou. “Amor, por que desligou sem avisar?”
“É que eu queria te ver. Querido, você parece muito cansado. Não dormiu bem ontem à noite?”

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