Retornou A Médica Divina romance Capítulo 118

Jacinto estava parado na porta do camarote, observando a cena com um olhar frio em seu belo rosto.

Daiana, como se sentisse algo, virou-se, encontrando o olhar profundo e incisivo de Jacinto.

O efeito da bebida em Daiana pareceu diminuir ligeiramente.

Os outros presentes também notaram o homem parado à porta, curiosos.

Pelo seu vestuário e porte, era evidente que não era um homem comum.

"Sr. Rodrigues, o que o traz aqui?" - Dr. Mauro levantou-se para perguntar.

"Claro que vim levar minha esposa para casa." - Jacinto suavizou o tom severo em seus olhos e caminhou até Daiana, acariciando seu rosto com carinho: "Está bêbada?"

"Mais ou menos."

Todos, exceto Dr. Mauro, ficaram chocados.

Daiana era casada?

Ela parecia ter pouco mais de vinte anos.

Daiana não se importava em deixar os outros saberem que ela era casada, afinal isso pouparia problemas em certas situações.

"Ainda não terminamos." - Dr. Mauro falou: "Se o Sr. Rodrigues tiver outros compromissos, pode ir adiante. Eu me encarregarei de levar Daiana para casa mais tarde, em segurança."

"Eu já terminei meu trabalho." - Jacinto sorriu de lado: "Dr. Mauro certamente não se importará com mais um par de talheres, não é?"

Dr. Mauro estava claramente surpreso.

Ele pensou que Jacinto tinha sido enviado por Isaura para buscar Daiana, apenas para satisfazer a avó e não esperava que ele realmente se sentasse para comer com eles.

"Claro que não me importo" - disse Dr. Mauro: "Contanto que o Sr. Rodrigues não se importe com nossa refeição simples."

"Claro que não."

Uma jovem sentada ao lado de Daiana prontamente se moveu para o lado, e o garçom trouxe um conjunto extra de talheres. Dr. Mauro também pediu mais alguns pratos.

Jacinto levantou sua taça: "É um prazer conhecer todos vocês. Espero que possam cuidar bem da minha esposa no futuro."

Suas palavras foram gentis, mas todos puderam sentir a nobreza inata em seu tom, uma indicação clara de que vinha de um mundo diferente do deles.

"O Sr. Rodrigues nos honra com sua generosidade." - Dr. Mauro disse diretamente.

"Esta refeição deveria ser por minha conta, afinal, minha esposa ainda precisará da ajuda de todos vocês." - Jacinto pegou a mão de Daiana: "Então, vamos indo."

"Tudo bem."

Daiana seguiu-o para fora do restaurante, mas resistiu a entrar no carro.

"Você pode ir para casa. Eu quero caminhar um pouco sozinha."

Jacinto olhou para ela: "Eu vou com você."

A brisa do outono era fresca, e havia várias pessoas passeando pela rua.

Eles caminharam lado a lado, em silêncio.

De repente, o celular de Daiana tocou. Ela viu que era um número desconhecido e atendeu.

Após desligar, Daiana parou, virou-se para olhar o homem ao seu lado: "Você mexeu no meu celular?"