Retornou A Médica Divina romance Capítulo 335

"Não." - Daiana tomou um gole de vinho tinto: "Nós já nos separamos, não há necessidade de esconder. Foi só que eu cansei de ficar na capital, queria relaxar um pouco no fora."

"Logo depois de me formar, levei minha avó para a capital para tratar de sua saúde e, para ganhar um pouco mais de dinheiro, fui trabalhar para a família Rodrigues como cuidadora."

"Depois me casei com o Jacinto e mais tarde fui parar na prisão. Pensando bem, a última vez que saí da capital foi para o funeral da minha avó, a primeira vez em anos."

Era irônico como, raramente retornando à minha cidade natal, ela ainda assim acabou se desentendendo com Jacinto.

Emanuel, ouvindo, ficou triste: "Daiana, casar com Jacinto realmente lhe trouxe muitas dificuldades."

"Foi minha escolha, não há razão para me arrepender." - Daiana sorriu: "Mas como esse caminho foi errado, é claro que tive que voltar atrás."

"Não me leve a mal por defender Jacinto, mas ele simplesmente não sabe como se expressar" - Emanuel suspirou: "Você sabe, a família dele é disfuncional, ele não sabe amar, nem como amar."

"Eu entendo."

"Mas você ainda insiste no divórcio, certo?"

Daiana sorriu levemente: "Quando nos reconciliamos uma vez, ele disse que queria que eu o ensinasse a amar."

"Eu admito, sou uma péssima professora. Não consegui ensiná-lo e não quero mais tentar."

"Sr. Emanuel, você provavelmente nunca sentiu a decepção em seu limite. Se tivesse, acho que o senhor me entenderia."

O momento em que Jacinto decidiu continuar protegendo Talita foi como quando ela viu o Facebook de Kelly.

Uma decepção que a deixou atordoada.

Especialmente Jacinto, que já a havia machucado tão profundamente que ela estava entorpecida.

Ela podia desistir de uma prima facilmente, e também de um homem que não a amava.

A campainha de repente tocou, Daiana se despediu de Emanuel, desligou o telefone e foi atender a porta.

Iago estava lá fora: "Nana, eu comprei lagosta para você, sei que você gosta."

"Não estou com fome, pode comer você."

"Sente-se." - Iago abriu o vinho: "Quer um pouco?"

Daiana balançou a cabeça: "Prefiro água".

Iago serviu-se de um copo de vinho: "Nana, eu nunca te perguntei, como você e sua avó se viraram naqueles anos?"

"No meu último ano da faculdade, a avó adoeceu gravemente e passamos um ano indo e vindo para o tratamento na cidade do Rio, mas sem melhora. Os médicos disseram que talvez o Hospital de Rodrigues na capital pudesse salvar a vida dela."

"Minha tia não queria gastar o dinheiro, e eu ainda estava estudando sem renda, então vendi nossa casa e a levei para a capital. Mas, felizmente, depois que me casei com Jacinto, o tratamento da minha avó foi coberto pelo Hospital de Rodrigues como parte do acordo."

Por isso, Daiana era grata à família Rodrigues.

Se não fosse por ter se casado com Jacinto, ela nunca teria conseguido cobrir as despesas médicas de sua avó, e ela teria morrido há muito tempo.

"Fui eu quem cometeu o erro." - Iago se reprovou: "Se não fosse pelo meu desaparecimento repentino, você não teria que enfrentar essas dificuldades sozinha, talvez nem tivesse que se casar com Jacinto."

"Iago, você não precisa se culpar, a avó é minha responsabilidade, não sua." - Daiana disse: "O maior desejo da avó era ver você vivo e bem. Agora que ela está no céu, você pode ficar em paz com isso."