Retornou A Médica Divina romance Capítulo 395

Vestido com seu jaleco branco, o médico-chefe saiu, arrastando seu corpo cansado.

Várias pessoas se aproximaram rapidamente - exceto Jacinto.

Ele tentou se levantar, mas suas pernas pareciam pesar uma tonelada, tornando impossível mobilizar qualquer força.

"Doutor, como está?" - perguntou Dr. Mauro, tremendo.

O médico retirou a máscara que cobria seu rosto e disse: "Conseguimos salvar sua vida, mas ela ainda não está fora de perigo. Se acordar nas próximas 48 horas, não deverá haver problemas. Contudo, se ultrapassar as 48 horas sem acordar, pode haver risco de vida a qualquer momento."

Ninguém falou, e o silêncio voltou a reinar no ambiente.

O médico suspirou: "A paciente será transferida para a UTI. A família não pode acompanhar. Melhor vocês irem para casa descansar."

Iago olhou para Lorraine: "Leve o Dr. Mauro para casa. Eu fico aqui de vigília."

"Está bem."

Lorraine rapidamente ajudou Dr. Mauro a sair.

Em poucas horas, Dr. Mauro parecia ter envelhecido bastante.

Desde o início, ao decidir fazer Daiana sua aprendiz, foi por perceber seu notável talento médico.

Mas, depois de formalizar a relação mestre-aprendiz e conhecer seu caráter, ele realmente a tratava como se fosse sua própria filha.

Se Daiana realmente não acordasse, não só a Clínica Médica de Mauro ficaria sem sucessor, como o mundo perderia uma excelente médica.

João observou Dr. Mauro partir antes de voltar seu olhar para Jacinto, que estava sentado: "Sr. Rodrigues, o senhor vai ficar aqui com sua esposa?"

Jacinto não disse nada, levantando-se com dificuldade e caminhando em direção ao elevador.

João seguiu imediatamente.

Dentro do elevador, a atmosfera estava pesada, e João não ousou dizer uma palavra.

O Rolls-Royce foi diretamente para a delegacia, onde João seguiu Jacinto até ver Tainara, e claramente ficou chocado.

Dois anos tinham se passado desde a última vez que se viram, mas Tainara parecia ter envelhecido mais de vinte anos.

O rosto, marcado pelo sofrimento interno, exibia uma melancolia profunda e uma malícia difícil de esconder.

Ao ver Jacinto, o medo era evidente no rosto de Tainara.

"Por... por que veio aqui..."

"Como você sabia que Daiana passaria por aquele cruzamento naquela hora?" - Jacinto perguntou friamente.

Tainara claramente hesitou.

"Fale!"

Jacinto assinou, e logo no pátio viu as coisas de Daiana.

A motocicleta estava completamente destruída, até mesmo o capacete que ela usava estava quebrado, o que mostrava a gravidade da queda.

Ivan trouxe um saco à prova de poeira, dentro havia o celular de Daiana, quebrado, e um diário familiar.

Os olhos de Jacinto se contraíram subitamente: "Como esse diário veio parar aqui!"

João, que nunca tinha visto o diário, perguntou: "Sr. Rodrigues, isto é da senhora?"

Jacinto franziu a testa: "Ela foi ao Grupo MS... investigue isso!"

"Sim!"

...

Na madrugada do hospital, por volta das quatro horas, o silêncio era tão profundo que deixava o ambiente ainda mais tenso do que durante o dia.

Familiares não tinham permissão para entrar livremente na UTI, podendo apenas observar a situação através de um vidro do chão ao teto.

Iago estava diante do vidro, observando silenciosamente Daiana deitada na cama do hospital.

Ela parecia gravemente ferida, com uma máscara de oxigênio cobrindo seu rosto, enquanto apenas as linhas oscilantes nos monitores ao lado confirmavam que ela ainda estava viva.