Retornou A Médica Divina romance Capítulo 396

Os passos soavam atrás dele, e através do reflexo no vidro, Iago viu Jacinto, envolto em frieza, aproximando-se.

No segundo seguinte, o diário nas mãos de Jacinto foi lançado contra ele com força.

"Por que a Daiana poderia saber que este diário está no meu escritório?" - Jacinto indagou severamente: "Ela pegou o diário e foi para casa, depois te encontrou. O que você lhe disse?"

Ivan já havia descoberto que Daiana esteve no Grupo MS entre sete e meia e oito horas da noite. Ela entrou diretamente no escritório do presidente e, depois de vinte minutos, saiu, retornando à Reserva do Lago.

As câmeras também mostraram que Iago esteve na casa dela; meia hora depois, Daiana saiu e, em seguida, ocorreu o acidente.

Iago agachou-se para pegar o diário do chão e falou lentamente: "Nana me ligou, querendo me ver. Quando cheguei lá, ela me perguntou, agitada, por que o diário está contigo."

"Claro que eu não sabia, então ela pegou o diário e foi até a Vila da Harmonia para te confrontar. Você não percebeu que o lugar do acidente está no caminho da Reserva do Lago para a Vila da Harmonia?"

O rosto de Jacinto empalideceu ainda mais.

O que ele menos queria, aconteceu!

Daiana se apressou para a Vila da Harmonia, provavelmente, para acertar as contas com ele. Afinal, ele havia tomado o diário de Iago às escondidas e descoberto o segredo entre eles.

Ele não pôde evitar pensar que, se Daiana não tivesse sofrido o acidente a caminho e tivesse encontrado com ele na Vila da Harmonia, eles provavelmente teriam discutido intensamente, talvez terminando tudo ali mesmo.

Provavelmente, sim.

Uma substituta jamais poderia se equiparar à paixão inalcançável e perdida!

Afinal, seja qual fosse o desfecho naquela noite, ele estaria destinado a um fracasso retumbante...

Iago fechou os olhos brevemente e disse: "Você ainda é o marido dela, ainda não se divorciaram. Eu não tenho o direito de ficar aqui cuidando dela, então vou embora."

"Mas Jacinto, se a Nana realmente não conseguir superar isso, espero que você a liberte, para que ela não fique presa na capital nem mesmo após a morte."

"Quando chegar a hora, levarei as cinzas dela e da nossa avó de volta para nossa terra natal, e farei como você deseja, nunca mais pisarei na capital."

O silêncio voltou a reinar ao redor.

Jacinto sentiu sua energia se esvaindo pouco a pouco, e seu corpo cansado desabou lentamente contra o vidro, caindo sentado no chão.

Eles estavam separados apenas por um vidro, mas Jacinto nunca se sentiu tão distante dela.

A distância entre a vida e a morte parecia intransponível.