Retornou A Médica Divina romance Capítulo 580

No dia seguinte, logo cedo, os dois se sentaram no carro enviado por Dario.

O veículo preto de luxo seguiu em direção à região afastada dos subúrbios, chegando a uma mansão.

As palavras não seriam suficientes para descrever a opulência do local, parecia mais um paraíso na Terra.

O carro parou diante de uma construção que mais parecia um castelo, e o motorista abriu a porta, dizendo: "Entrem, por favor."

Apesar de viverem no exterior, Daiana percebeu que a maioria dos empregados da mansão eram brasileiros porque falavam português.

Dario veio ao encontro deles: "Sr. Rodrigues, Sra. Cardoso, entrem, por favor."

"Sem pressa." - Daiana tirou um comprimido do bolso: "Sr. Nunes, o senhor se importaria de tomar isto?"

"O que é isso?"

"Veneno."

Dario sorriu serenamente: "Sra. Cardoso está furiosa a ponto de querer me envenenar?"

"Não chega a tanto." - Daiana sorriu levemente: "Meu marido e eu estamos aqui. Caso você decida nos trair, deixando nossa filha órfã, eu preciso estar prevenida."

"Este veneno é letal, mas não causa morte imediata, e não afetará a saúde a curto prazo. Uma vez que nossa transação esteja concluída e Kelly esteja segura, eu naturalmente lhe darei o antídoto."

"Claro, envenená-lo secretamente não seria difícil, mas prefiro ser franca. Se você realmente não tiver intenções de nos fazer mal, pode tomar sem preocupações. Se você não nos prejudicar, não desejo sua morte também."

"Sra. Cardoso é realmente direta, gosto de negociar com pessoas assim." - Dario pegou o comprimido da mão de Daiana.

"Senhor!" - O homem que parecia ser o mordomo tentou intervir urgentemente: "Isso é inaceitável!"

"Não há problema." - Dario falou calmamente: "Acredito que Sra. Cardoso é uma pessoa de palavra... Pedro, ordene que quem tentar lhe fazer mal estará ameaçando minha própria vida porque eu fui envenenado pela Sra. Cardoso."

Pedro teve apenas que concordar: "Sim."

Dario engoliu o comprimido sem hesitar.

Daiana o seguiu até o segundo andar, onde Enzo estava deitado descansando. Daiana começou a verificar seu pulso e aplicar acupuntura.

Assim que terminou, Dario bateu à porta: "Sra. Cardoso, vocês precisarão ficar aqui para tratar meu avô o mais rápido possível."

Daiana olhou para Jacinto: "O que você acha?"

"Eu confio em você."

"Então, naquele dia em que coloquei veneno no seu café, fiz isso por dois motivos: o primeiro foi para me livrar das pessoas em quem não posso confiar ao meu redor, e o segundo foi para testar suas verdadeiras intenções e capacidades."

"Eu confio na habilidade médica da Sra. Cardoso; tenho certeza de que você poderá ajudar minha mãe."

Daiana moderou sua expressão e perguntou: "Como ela está agora? Consegue se virar sozinha?"

"Ela consegue se alimentar e ir ao banheiro sozinha, mas está confusa, passa o dia abraçando uma boneca pensando que é minha irmã, precisa de alguém para cuidar dela de perto."

"Senhor Nunes, a condição de sua mãe, resultante de um trauma, levou a um distúrbio mental, que é, de fato, uma doença psicológica. Não é minha especialidade."

"Fique tranquila, eu não estava com muitas esperanças, queria apenas tentar algo, mesmo que pareça desespero."

"Você acha mesmo necessário?" - Daiana virou-se para encará-lo: "Mesmo que ela se recupere, você acha que ela conseguirá aceitar a verdade sobre a morte de seu marido e filha?"

"Você já pensou que talvez viver em um mundo de esquecimento possa ser mais fácil para ela?"

"Devo realmente deixá-la viver assim, enlouquecida pelo resto da vida?" - Dario hesitou por um momento: "Talvez devesse permitir que ela recobre a consciência e dizer a ela que sua querida filha foi encontrada? Afinal, isso é o que a atormenta."

"Embora Talita tenha falecido, saber disso é melhor do que viver na incerteza, não é?"

"Se você decidir por isso, estou disposta a tentar." - Daiana disse: "Mas você precisa entender, curá-la não faz parte do nosso acordo."