Salvar Meu Amado Viajando no Tempo romance Capítulo 148

Às sete da manhã, Evandro voltou.

Lurdes estava na porta, observando os carros do lado de fora, quando o motorista foi o primeiro a sair com um guarda-chuva, abriu a porta do carro com cuidado, segurando-o de modo a não deixar a pessoa dentro se molhar.

Lurdes viu quando Evandro saiu do carro, que ele pegou o guarda-chuva preto de cabo longo das mãos do motorista e começou a andar em sua direção.

Ao ver Evandro sã e salvo, o coração de Lurdes, que havia ficado apreensivo a noite toda, finalmente se tranquilizou.

"Estava me esperando?"

Evandro segurava o guarda-chuva, que estava baixo até se aproximar dela, momento em que levantou o guarda-chuva e, sob a chuva fina, sorriu gentilmente para ela.

Vestido com um terno preto, com uma mão no bolso e um sorriso no olhar direcionado a ela, o coração de Lurdes falhou uma batida.

Este gajo, era tão sedutor. Lurdes estava prestes a dizer algo quando, por um instante, viu um garoto de uns dezesseis anos caminhando na chuva. Ao contrário de Evandro, que estava impecável, o garoto estava encharcado, com os cabelos da testa pingando água e uma mochila nas costas.

Mas no primeiro momento em que Lurdes o viu, Lurdes exclamou sem pensar: "Geraldo?"

O garoto ouviu, olhou para ela e, sem dizer uma palavra, continuou caminhando para dentro, passando por eles com uma distância deliberada.

Evandro fechou o guarda-chuva e, chegando ao lado dela, disse: "Ele é Cícero Pinto."

"Irmão do Geraldo? É natural que você esteja em dúvida, eles são muito parecidos!" Lurdes expressou sua surpresa e logo depois questionou Evandro: "Mas como assim? Ele não estava estudando nos Estados Unidos? Como veio parar aqui com você?"

"Melhor entrar para falarmos," talvez fosse uma longa história, Evandro fez-lhe um gesto para que entrasse e falasse..

Lurdes olhou para a porta, não vendo Gilson, "E o Gilson? Ele foi te procurar, não o encontrou?"

"... Encontrei sim, ele tem um assunto a tratar, vai chegar mais tarde." Evandro hesitou por dois segundos antes de sorrir e responder.

Lurdes o observou, sentindo que algo não estava certo, mas não conseguia identificar o quê.

Depois de entrar na sala, Cícero ficou parado, sem se sentar, parecendo ter perdido a alma.

Evandro pediu para Luiz levá-lo para tomar um banho e trocar de roupa antes de descer.

Quando Evandro falou isso, Cícero olhou para ele.

Seu olhar era indecifrável, e apesar de ser apenas um adolescente, ele parecia muito sombrio e não falava, como se fosse mudo.

Depois que Luiz o levou, Evandro disse a Lurdes: "Eu o encontrei no bingo."

"Ele não estava apostando lá, estava?" Embora fosse apenas uma suposição, Lurdes sentia que era muito provável.

Evandro assentiu, sentou-se e serviu-se de um copo de água antes de dizer a Lurdes: "Ele perdeu todo o seu dinheiro. Depois de perder, ainda insistiu que o crupiê estava trapaceando. Se eu não tivesse passado por lá na hora, ele teria sido espancado."

"Um rapaz que estava nos Estados Unidos, o que fazia jogando no bingo do Paulo?" Lurdes estava perplexa.

Com isso, Evandro também suspirou: "Só vim a saber recentemente que ele se viciou em jogos há seis meses. Parou de estudar e começou a viajar pelo mundo com um grupo de jovens ricos e mimados."