Salvar Meu Amado Viajando no Tempo romance Capítulo 21

Lurdes não esperava que, depois de tantos anos, Cleonice já tivesse se casado com outro, e que Osvaldo ainda a amasse?

Segundo Osvaldo, ele e Norberto eram inimigos mortais por toda a vida!

Durante esses anos, Norberto sempre se opôs a ele, não lhe dando paz, e apesar de Osvaldo ser uma pessoa amável, ele não era um fraco que deixava os outros o manipularem.

Ele amava Cleonice e sabia que ela ainda o amava profundamente.

Osvaldo estava ciente de que Cleonice não estava bem, que Norberto a estava torturando, e ele queria levá-la para longe do sofrimento, queria levá-la para outro país, longe das garras de Norberto.

Por isso, ele precisava da ajuda de Evandro.

"Eu já preparei um plano, garantido ser infalível," disse Osvaldo, ajoelhando-se diante de Evandro, segurando seus ombros com as mãos, com um olhar sincero e até mesmo suplicante, "Evandro, acho que você também não suporta ver sua mãe sofrer tanto, não é? Se você quer o bem dela, deixe-a ir."

Lurdes, que estava ao lado, franziu a testa ao ouvir isso. Ela podia entender o desejo dele de levar Cleonice para bem longe, mas Lurdes não podia aceitar que ele pedisse a uma criança que concordasse com a decisão de sua mãe fugir com outro homem!

Que situação era essa? Era absurda, não era?

Mas Lurdes também sabia que as complicações entre eles não podiam ser definidas pela lógica comum.

Lurdes se perguntou, se fosse Evandro, e sua mãe estivesse sofrendo violência doméstica pelo pai, e se houvesse outra escolha que pudesse fazer a mãe feliz, então, ela definitivamente concordaria.

Da mesma forma, uma vez tomada essa decisão, teria que estar pronta para enfrentar todas as consequências e aceitar que se tornaria uma criança sem mãe.

Lurdes se sentia incomodada com a ideia de fazê-lo tomar essa decisão, era muito cruel.

No entanto, Evandro nem pensou e já concordou, "Eu te ajudo."

"Sério? Isso é ótimo! Sua mãe com certeza ficará agradecida," Osvaldo exclamou com euforia, abraçando-o fortemente.

Evandro não mostrou muita expressão no rosto, "Ela será feliz com você?"

"Será, com certeza!" Osvaldo assegurou.

Evandro hesitou por um momento antes de dizer, "Então, ela vai sorrir para mim?"

"Hm?" Osvaldo parou por um instante, confuso.

Depois de dizer isso, ele soltou e empurrou Evandro, que desde o início até o fim ficou como um fantoche, sem reagir a nada.

Sangue escorria do canto de sua boca, e ele simplesmente o limpou com a mão, como se já estivesse acostumado...

Lurdes estava escondida no carro do segurança, e naquele momento, ela estava contando os dedos entediada, calculando quanto tempo faltava para chegar em casa. O porta-malas era muito apertado, e ficar encolhida ali era muito cansativo!

Uma saída foi um verdadeiro sofrimento para Lurdes.

Ela esperou no carro por muito tempo, até bem tarde da noite, para poder sair. Apoiando-se nas costas doloridas, Lurdes caminhou com as pernas já dormentes, com uma expressão de dor no rosto, de volta ao quarto de Evandro.

O quarto estava em total escuridão, sem nenhuma luz acesa. Lurdes acendeu o abajur e viu que Evandro, excepcionalmente, estava deitado de lado, de costas para ela, dormindo.

Percebendo que ele já estava dormindo, Lurdes decidiu não acordá-lo. Ela se espreguiçou, bocejou e voltou para o armário.

Por precaução, durante esses dias de Noberto estar, Lurdes dormira no armário, pois se fosse descoberto, estaria arruinada!

Lurdes acordou às oito horas da manhã, despertada pelo som de Evandro tocando piano. Ela esfregou os ombros e, ainda sonolenta, foi cumprimentar Evandro com um bom dia.