Salvar Meu Amado Viajando no Tempo romance Capítulo 23

A emoção de Lurdes veio rápida e se foi com a mesma velocidade, quando ela pensou numa coisa e subitamente se acalmou.

A presença de Luiz provou que não demoraria muito para ela voltar, e apesar de saber que não poderia acompanhá-lo enquanto crescesse, Lurdes sentiu que não devia parecer tão feliz.

Se ele soubesse, quão triste ficaria...

Por isso, Lurdes rapidamente se controlou e, em relação a Luiz, não escondeu sua identidade, explicando da mesma forma que havia feito com Evandro.

No começo, Luiz não acreditou, Viajante do tempo? Isso era absurdo demais!

Mas Evandro estava lá para confirmar a história, e, entre a desconfiança e a crença, Luiz acabou acreditando.

Lurdes queria saber se ele tinha uma câmera e perguntou casualmente, deixando Luiz surpreso: "Como você sabia que eu comprei uma câmera?"

"É mesmo? Onde está a câmera? Você sabe fotografar? Quer tirar uma foto? Não, não, melhor deixar para lá, para a próxima vez, agora não é o momento!" Lurdes falava rapidamente, chegando a responder as próprias perguntas ao final.

Isso confundiu totalmente Luiz.

"Bem, Srta. Sousa, eu realmente tenho uma câmera, mas ainda estou aprendendo a usá-la, depois tiro uma foto sua", disse Luiz educadamente.

Lurdes ficou muito feliz com isso e pediu que ele prometesse tirar uma foto dela, sem faltar com a palavra.

Luiz prontamente prometeu que sim, várias vezes.

Evandro achou estranho e perguntou a Lurdes: "Por que você insiste para que ele tire uma foto sua?"

"Porque eu gosto de tirar fotos!", Lurdes já tinha a desculpa preparada, sabendo que ele perguntaria.

Evandro apenas concordou com um "Oh", sem pensar muito.

Assim, o segredo de Lurdes ganhou mais um participante.

Felizmente, Luiz era muito bom para Evandro, tratando-o como se fosse seu próprio filho, e Lurdes podia ver que Evandro também o considerava família.

Evandro havia contado a Luiz sobre a ajuda a Osvaldo, e Luiz, apesar de surpreso, entendeu.

Pronta para fugir da mansão e da repressão de Norberto, Cleonice estava eufórica, mal conseguindo esconder sua empolgação, acelerando seus passos.

Estava quase conseguindo, ela certamente escaparia...

"Senhora, aonde vai sozinha a esta hora da noite?"

Atrás dela, nesse momento, surgiu um som, e o rosto de Cleonice empalideceu instantaneamente. Os passos que se aproximavam incessantemente indicavam que alguém estava se aproximando rapidamente. Cleonice queria correr, mas parecia que seus calcanhares estavam preenchidos com chumbo, tornando-se impossíveis de levantar.

O corpo de Cleonice tremia incontrolavelmente, enquanto ela se lembrava da ocasião anterior em que havia tentado fugir e falhado, e como Norberto a confinou e a espancou por três dias. A dor era insuportável.

Ela estava tomada pelo medo, o terror a levou ao limite de sua sanidade. Cleonice até pensou em bater sua cabeça contra algo até a morte para não ter que sofrer mais.

"Uh."

Os passos pararam abruptamente quando estavam prestes a alcançá-la. O homem emitiu um grunhido abafado e, em seguida, caiu no chão, produzindo o som surdo de um objeto pesado atingindo o solo, e Cleonice ficou completamente paralisada.