Salvar Meu Amado Viajando no Tempo romance Capítulo 41

Na cozinha, ouviu-se o som de acender o fogão a gás, e Lurdes foi até lá, onde viu Evandro pegando uma panela para ferver água. Na tábua de cortar, havia carne bovina, dois ovos e um punhado de legumes e linguiça.

Lurdes observou enquanto ele habilmente cozinhava o macarrão e refogava os legumes, cortava o carne e a linguiça em fatias, fritava-os no óleo quente por um minuto de cada lado e então fritava os ovos. Colocou os ovos fritos por cima do macarrão e estourou as gemas, deixando o líquido dourado e espesso escorrer pela sopa.

Por fim, distribuiu as fatias de carne e a linguiça, exalando um aroma delicioso, sobre o macarrão, e um apetitoso prato de sopa de legumes com macarrão estava pronto.

Lurdes, sentindo o cheiro, ficou com água na boca, pois já estava faminta, roncando de fome. Hoje, além de um pão e um copo de café que tinha comido no aeroporto, não havia comido mais nada.

Esperando na porta, ela estava congelando e faminta, a ponto de dar pena.

Lurdes, faminta, mal podia esperar para sentar-se na sala de estar e aguardar que ele servisse o macarrão.

No entanto, Evandro pegou apenas uma tigela e um garfo, sem trazer nenhuma porção para Lurdes.

Que audácia! Como poderia ela, uma amante da boa comida, suportar não comer? Impossível!

Irritada, Lurdes arrancou a tigela e garfo das mãos dele e os colocou com força sobre a mesa, dizendo frustrada: "Se eu não posso comer, você também não come!"

Lurdes pensou que ele ficaria zangado e a notaria, mas ele apenas a olhou com uma expressão de surpresa.

O olhar dele a fez arrepiar-se, e ela disse com irritação: "Por que você está me olhando assim?"

"Você... não é uma ilusão?", questionou Evandro, atordoado, após um longo momento.

Lurdes ficou surpresa. Ilusão? Ele pensava que ela não existia?

Evandro, de repente, estendeu a mão e beliscou a bochecha dela, a mesma sensação macia que ele imaginava, só que o rosto dela estava um pouco frio, talvez porque suas mãos estivessem quentes.

Lurdes, que nunca havia sido beliscada no rosto antes, olhou para ele com um olhar que dizia "ouse fazer isso de novo e eu te acabo": "Seu moleque, o que você está fazendo?"

Somente então Evandro voltou a si, como se tivesse se queimado, e rapidamente recolheu a mão.

Lurdes massageou a bochecha que ele havia beliscado e perguntou, confusa: "Por que você pensou que eu era uma ilusão? Achou que eu não apareceria mais?"

O coração de Evandro transbordou de alegria e suas mãos tremiam com a emoção, mas ele manteve uma expressão fria no rosto, controlando-se para que ela não percebesse o quanto ele estava feliz em vê-la.

Afinal, foi ela quem o deixou, e ele não poderia agir como se nada tivesse acontecido.

"Se você não quer falar, tudo bem, mas eu quero que saiba que eu não sou uma ilusão. Eu sou uma pessoa de verdade, que precisa comer e dormir. Então, estou com muita fome, posso comer agora?" Lurdes ergueu a tigela, olhando para ele com um ar suplicante.

Este macarrão estava realmente delicioso e era necessário comer logo enquanto estava quente, caso contrário, ele se aglomeraria.

Evandro hesitou, mas ao ver que ela estava verdadeiramente faminta, pegou a tigela e serviu-lhe uma porção generosa de macarrão, cobrindo-a com um ovo frito por cima, temendo que não fosse o suficiente para ela.

Lurdes saboreava a comida com grande satisfação, comendo de forma tão apetitosa que até mesmo Evandro, que inicialmente não tinha muito apetite, começou a sentir fome. Ele se levantou, pegou uma tigela e garfo e juntou-se a ela.

Ambos concentraram-se em comer o macarrão em silêncio.

Lurdes comeu duas tigelas, e Evandro serviu-a duas vezes, dando-lhe ambos os ovos. No entanto, Lurdes não os comeu, e, em vez disso, ofereceu-os a ele, que aceitou sem recusar.