Salvar Meu Amado Viajando no Tempo romance Capítulo 53

"Lurdinha!"

Evandro empurrou a porta com força, adentrando o cômodo em busca imediatamente da presença de Lurdes.

"O que foi?" Lurdes, saboreando um pão francês, veio tranquilamente da cozinha, e Evandro imediatamente se aproximou, examinando-a de cima a baixo, perguntou ansiosamente: "Você está bem?"

"Como é que eu podia estar mal?" Lurdes achou um pouco engraçado. Ela parecia estar em apuros?

Evandro não conseguia achar graça, pois havia ficado apreensivo durante todo o caminho, nem sequer conseguiu estacionar a bicicleta direito, a deixou de qualquer jeito e correu escada acima.

"Está tão preocupado a ponto de suar a testa." Lurdes só então notou que havia suor em sua testa, o que mostrava o quanto ele estava nervoso.

Evandro balançou a cabeça, indicando que estava tudo bem.

Lurdes o confortou: "Falando sério, você não precisa se preocupar comigo, sou muito mais capaz do que você imagina. Comparados com assassinos desumanos, esses delinquentes juvenis são apenas crianças travessas aos meus olhos."

Enquanto falava, Lurdes deu um tapinha no ombro dele, sorrindo e dizendo: "Você sempre pode confiar em mim."

"Assassinos? Você não é uma viajante do tempo?" No entanto, essa era a verdadeira preocupação de Evandro.

Percebendo que havia falado demais, Lurdes rapidamente tentou corrigir, "Uma Viajante do tempo também encontra pessoas más, onde há o bem, há o mal. Assassinos são apenas uma metáfora, não estou falando de matar de verdade."

Lurdes não era boa em mentir, mas para contar uma mentira, ela precisaria usar inúmeras mentirinhas para sustentar.

Embora Lurdes não quisesse mentir para ele, ela também não podia dizer a verdade agora, que ele morreria aos trinta e dois anos e que ela não era uma viajante do tempo, mas sim uma policial que viajou no tempo por acaso, não é?

Isso seria demasiadamente irresponsável.

Lurdes um dia contaria a verdade a ele, quando o momento certo chegasse.

Felizmente, Evandro confiava nela cegamente, acreditando em tudo que ela dizia.

"Falando nisso, como você soube que algo havia acontecido em casa?" Lurdes finalmente se lembrou de perguntar.

Evandro respondeu: "Alguém me disse."

Antes de perguntar quem era essa pessoa, Lurdes perguntou: "Quem é Tomas?"

Não surpreendeu Evandro que Lurdes perguntasse, ele respondeu: "Um colega de escola."

Lurdes percebeu, ele ofendeu Tomas, e isso tinha a ver com eles, A menina brasileira esbarrou acidentalmente com Tomas que foi intimidada no restaurante, era Adalgisa.

Depois, Adalgisa e Tarcísio, querendo agradecê-lo, tentaram várias vezes se aproximar dele de maneira amigável, mas Evandro nunca aceitou, mantendo-se frio e distante.

Apesar disso, Adalgisa e Tarcísio continuaram tentando se aproximar dele, esperando se tornarem amigos.

Após ouvir isso, Lurdes de repente teve um palpite, "Você age friamente e mantém distância deles de propósito, com medo de que, se ficarem muito próximos de você, eles terão problemas, não é?"

"Estou sozinho, sem cargas, e com minha capacidade atual, só posso proteger a mim mesmo, não a eles." Evandro tinha consciência de si mesmo, sabendo que agora, ao atrair problemas, qualquer um que se aproximasse estaria em risco.

A melhor saída era manter distância deles.

No entanto, contra suas expectativas, quanto mais ele tentava se distanciar, mais eles insistiam em ficar perto dele!

"Você tem certeza de que, agindo friamente com eles, isso significa não ter mais relação com eles?" Lurdes sentiu a necessidade de alertá-lo, Evandro não entendeu o que ela queria dizer, então Lurdes explicou, "A menos que vocês se tornem completos estranhos, sem trocar uma palavra sequer ao se encontrarem, caso contrário, você continuará envolvido com eles. Você acha que conseguiu fazer isso?"

Evandro pensou por um momento e percebeu que realmente não tinha conseguido.

"Evandro, no que você não vê, eles podem ter feito muito por você, mas por causa do seu distanciamento deliberado, mesmo que eles já estejam enfrentando problemas por sua causa, eles não vão te contar." Lurdes estava apenas dizendo a verdade, sem intenção de pressioná-lo, a decisão final ainda seria dele.