Salvar Meu Amado Viajando no Tempo romance Capítulo 61

Lurdes arrastou uma cadeira para o quarto de Evandro e sentou-se para vigiá-lo durante a noite, adormecendo sem perceber no meio do caminho.

Ao acordar pela manhã, descobriu que estava coberta com o casaco de Evandro.

Levantando os olhos, Lurdes viu que não havia ninguém na cama, mas ao tocar nos lençóis, ainda sentia o calor residual, enquanto o som da água correndo vinha do banheiro, ele estava tomando banho.

Esticando-se em um longo bocejo e olhando para o relógio, viu que eram seis horas da manhã, então, decidida a ser prestativa, começou a preparar o café da manhã.

Despejando óleo na frigideira e aumentando o fogo, assim que o óleo aqueceu e começou a soltar fumaça branca, Lurdes segurou um ovo e, encontrando o ângulo certo, quebrou-o na frigideira.

Com um estalo, o óleo espirrou, fazendo Lurdes recuar rapidamente.

Segurando a espátula, e vendo que o ovo estava prestes a queimar, ela tentou virá-lo, mas o óleo ainda chiava ameaçadoramente, deixando-a hesitante e atrapalhada.

Foi então que uma mão se estendeu até ela, tomando a espátula de sua mão.

Sentindo um aroma fresco, Lurdes olhou para cima e viu Evandro, recém-saído do banho, ainda com vapor em seu corpo.

Ele habilmente diminuiu o fogo, levantou a frigideira e com um leve movimento da espátula, virou o ovo frito.

Lurdes, impressionada, aplaudiu elogiando, "Que habilidade!"

Evandro, imperturbável, retirou o ovo queimado, colocou mais óleo na frigideira, e com movimentos fluidos, quebrou outro ovo e manejou com facilidade.

Não conseguindo conter sua admiração, Lurdes percebeu que, mesmo após tanto tempo de convivência, Evandro sempre encontrava maneiras de surpreendê-la, fazendo seus olhos brilharem!

Como agora, vestindo uma camisa branca fresca, com as mangas arregaçadas expondo seus braços magros e definidos, e suas mãos longas despertavam a curiosidade sobre como seria segurá-las.

Ele devia ter se apressado no banho, seu cabelo curto estava desordenadamente seco com uma toalha, parecendo propositalmente desarrumado, mas artisticamente projetado para criar uma beleza desordenada.

Realmente, uma pessoa atraente até mesmo em trajes simples parece um príncipe, afinal, é tudo uma questão de carisma.

"O prato."

"Hm?"

Evandro olhou para ela, "O prato."

Lurdes rapidamente enxugou as lágrimas, sorrindo para ele, "Não é nada, apenas me queimei com o óleo e doeu o suficiente para me fazer chorar."

"Deixe-me ver." Evandro disse, inspecionando sua mão, onde realmente havia algumas pequenas marcas vermelhas causadas pelo óleo quente.

Evandro franzia o cenho, "Vou pegar pomada para queimaduras."

"Não precisa, vai passar logo." Lurdes o deteve, isso era apenas uma desculpa que ela havia inventado, se ele não tivesse checado, ela nem teria notado as queimaduras.

Evandro a olhou com preocupação, "Você realmente está chorando só por causa da queimadura?"

"É verdade, talvez você não saiba, eu tenho um medo terrível de sentir dor!" Lurdes falou com convicção, enquanto Evandro ainda mantinha uma expressão de preocupação. Ele a olhou e disse: "Mas e quando você luta, não dói?"

Lurdes sabia a que ele se referia e respondeu brincando: "Lutar e ser atingida são coisas diferentes, sabe? Eu apenas aprimorei minhas habilidades para evitar ser atingida, por medo da dor. Além disso, o que eu faço não é brigar, é autodefesa!"

Evandro ficou em silêncio por um momento antes de finalmente dizer a ela: "Da próxima vez, me diga o que você quer comer, não precisa cozinhar você mesma."

"Não é que eu queira comer, é que eu quero cozinhar para você."