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Capítulo 71
Lurdes estava um tanto inquieta hoje.
Desde a manhã até noite, suas pálpebras não paravam de tremer, o que acabou afetando seu desempenho no restaurante hoje.
No restaurante, Lurdes sempre ajudou Evandro a dividir o trabalho, e Evandro chegou a pensar que o padrão havia lhe dado uma tarefa simples e leve, então depois não interveio mais.
Lurdes, ao ir para o restaurante, era sempre levada e trazida por Evandro, mas, de forma incomum, já eram 11 horas da noite e Evandro ainda não havia chegado.
Ele estava atrasado mais de uma hora do que o habitual.
Lurdes pensou que ele tinha sido retido por algum compromisso e ficou esperando no restaurante, mas gradualmente começou a perceber que algo estava errado. Quando Lurdes estava se preparando para pegar um táxi para voltar, ouviu alguém chamando seu nome ao longe, "Lurdes!"
Lurdes olhou para cima e viu Tarcísio pedalando uma bicicleta, ofegante, chegando até ela.
O primeiro instinto de Lurdes foi que algo ruim havia acontecido.
E realmente algo havia acontecido. A primeira coisa que Tarcísio disse a Lurdes foi: "Lurdes, Evandro está no hospital, vem comigo rápido!"
A bicicleta era muito lenta, então Lurdes apressadamente pegou um carro com Tarcísio e foram direto para o hospital.
Quando Lurdes chegou ao hospital e encontrou Evandro, ele estava sentado num banco do corredor do hospital.
Ele estava com a cabeça baixa, os cabelos na frente do rosto escondendo suas expressões, a camisa coberta de sangue e as mãos manchadas, uma visão chocante.
O coração de Lurdes afundou subitamente e, ao levantar a cabeça, viu que Evandro estava sentado perto da porta do necrotério...
No caminho para lá, Tarcísio já havia contado a Lurdes.
Naquela noite, Tomas e seu grupo haviam vandalizado a loja da família de Jesse, deixando Jesse tão ferido que vomitou sangue.
Depois, Tomas arrastou Jesse para um carro esportivo e o levou para o bar onde Geraldo trabalhava.
Tomas fechou o bar só para ele, com um único propósito naquela noite: fazer Evandro ir até lá.
Durante o período escolar, Tomas não ousava ir tão longe, mas agora, nas férias, a escola não podia controlá-lo, e ele podia fazer o que quisesse.
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