Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 124

“Paloma, de qualquer forma, você não poderia ter feito tal coisa. Você sabe que sempre tive por você apenas sentimentos de irmão, e independentemente do que aconteça, nós não estaríamos juntos. Por favor, não aumente seu ódio por Via por causa disso, está bem?”

Paloma era filha do mordomo da família Cardoso. Depois que a mãe de César deu à luz a César, sua saúde ficou debilitada e ela não tinha energia para cuidar da criança. Pode-se dizer que a mãe de Paloma criou César.

Crescendo juntos, compartilhando refeições e até mesmo a cama, a ligação entre eles se tornou naturalmente muito forte.

Para César, Paloma era como uma irmã de verdade.

Assim, ele confiava e dava permissão a Paloma instintivamente.

Tanto que, mesmo quando descobriu que Paloma havia mandado alguém para intimidar Via, ele ainda tendia a pensar do ponto de vista de Paloma. Queria culpá-la, mas simplesmente não conseguia.

Especialmente porque ele sabia o quanto Paloma gostava dele desde pequena.

Ela gostava tanto dele, mas foi forçada a ficar com seu pai, o que realmente...

Era difícil não sentir ódio.

A insistência de César em manter apenas sentimentos fraternais fez com que Paloma apertasse as mãos repetidamente. Foi justamente por ele insistir que tinha apenas sentimentos de irmão que ela, em um momento de desespero, fez aquela escolha!

“Irmão César, não é assim! Você apenas acha que tem apenas sentimentos de irmão por mim porque crescemos juntos e você se acostumou com isso!”

“Na verdade, você gosta de mim. Caso contrário, você não teria me mimado e amado tanto desde pequeno. Se você quisesse uma irmã, teria Clarinda Prado! Ela é sua verdadeira irmã!”

“Originalmente, estaríamos juntos, mas foi Via! Foi Via que destruiu minha vida! Eu realmente... realmente não consigo evitar odiá-la!”

Paloma, não importando o quanto César insistisse que tinha apenas sentimentos de irmão, continuava a afirmar que eles tinham sentimentos românticos. Ela precisava acreditar nisso.

Somente assim, seu ódio poderia ser justificado, e César poderia compreendê-la e sentir pena dela.

César quis dizer algo, mas vendo como ela estava obcecada, quase como se estivesse possuída, soube que não adiantaria falar mais nada. Assim, decidiu não insistir mais em corrigi-la.

Porém...

Eu realmente não consegui acreditar na rapidez com que tudo aconteceu! Tão rápido! Foi algo que eu nem em meus sonhos mais otimistas poderia imaginar!

O professor, vendo meu olhar atônito, não conseguiu conter uma risada, “O que foi? Não esperava que fosse tão rápido?”

Eu assenti instintivamente.

“Você nem pensa em quem chamou as pessoas para te ajudar! Eu chamei os melhores para você!”

Vendo a expressão familiar de orgulho do professor, não pude evitar que meus olhos ficassem marejados.

Eu me perguntei.

O que eu fiz para merecer?

O que eu fiz para merecer tanto carinho e ajuda do professor?