Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 170

"César não optou por se divorciar de você, Valéria, e ainda lhe contou algo tão sério para tentar mantê-la ao seu lado."

"Dessa forma, ele deve realmente amá-la."

"Se ele usou a empresa para te prejudicar, não deve ter sido com o intuito de te machucar, mas sim de te prender a ele. Ele teme que, de qualquer forma, você não o perdoará, então quer primeiro amarrá-la a ele e depois discutir outras questões."

"Se, Valéria, você ainda sente algo por ele e há possibilidade de reconciliação, pode tentar superar as dores passadas e seguir em frente juntos."

Se ainda houver esperança entre eles, não há necessidade de gastar energia buscando provas.

Eu instintivamente respondi: "Impossível! Não posso mais ficar com ele!"

Mesmo se eu achasse que as ações de César representassem amor verdadeiro, não poderia mais estar com ele!

Nem toda dor, nem toda mágoa pode ser compensada com amor verdadeiro.

"Se, de qualquer maneira, Valéria, você não puder ficar com ele, então você..."

"Poderia usar o amor dele a seu favor, talvez seduzi-lo, ou pelo menos acalmar a tensão entre vocês, e então buscar uma oportunidade para encontrar provas de que ele transferiu bens conjugais ou fundou uma nova empresa."

"E então, processá-lo!"

Eu: "..."

Embora eu quisesse encontrar uma maneira de resolver isso, seduzir César estava fora de questão...

Eu o repugno a tal ponto que não suporto sua proximidade, muito menos me aproximar dele por vontade própria!

Portanto...

Só me resta acalmar a tensão entre nós e buscar uma chance de encontrar provas.

O divórcio que pensei que fosse imediato tornou-se um processo de espera por provas, o que me deixa bastante irritada.

"Ela está no aeroporto para buscar alguém, e certamente retornará à cidade pelo mesmo caminho. É uma boa oportunidade para agir."

"Certo, fique de olho. Vou preparar tudo."

...

Célia e eu nos conhecemos no ensino médio. Quando meus pais me forçaram a deixar minha cidade natal, para que Paloma pudesse estudar na escola de Cidade Nuvem, fui para uma escola em Cidade Mar e conheci Célia e seu irmão mais novo.

Quando nos formamos no ensino médio, o irmão dela, que estava no primeiro ano do ensino médio, foi encontrado pela família e voltou com eles para a Capital.

Desde então, passaram-se dez anos.

Com medo de que ele não me reconhecesse, improvisei uma placa com seu nome.

Mal sabia eu que, enquanto segurava a placa e olhava a multidão à procura do irmão dela, algumas pessoas se espalhavam ao meu redor, observando cada movimento meu.