Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 191

Como Paloma adorava brincar de "Escolha um entre dois", ao longo desses dois anos, passei por diversas vezes sendo uma das opções.

Em cada uma dessas vezes, eu ansiava para que César me escolhesse.

Mesmo sabendo que ele provavelmente não me escolheria, não conseguia evitar o desejo, a esperança de que ele optasse por mim.

Contudo, todas as vezes, essa esperança acabava se transformando em decepção.

Desta vez, não sabia que César enfrentava novamente uma escolha entre dois, e já não desejava mais ser escolhida por ele.

Eu olhava repetidamente ao redor, observando o ambiente.

Embora eu tivesse decidido que preferia morrer a ser capturada, não estava disposta a aceitar a morte tão facilmente.

Portanto, mesmo nos momentos finais, já ouvindo os passos deles subindo, ainda não desistia de procurar uma chance de sobrevivência.

Essa determinação me levou a encontrar uma esperança de vida no último momento!

Foi um pequeno buraco atrás de duas grandes árvores, tão pequeno e coberto por grama seca que era difícil de ser notado.

Ou seja, esconder-se ali tornava-se uma possibilidade quase impossível de ser descoberta.

Com um plano em mente, não hesitei nem por um segundo. Primeiro, tirei meu casaco de penas e o pendurei nos galhos de uma árvore no penhasco, deixando o tecido preso nos galhos para criar a ilusão de que eu havia pulado.

Em seguida, rapidamente, fiz um círculo ao redor, deixando pegadas por toda parte, para que não pudessem encontrar meu rastro final.

Finalmente, me escondi dentro do pequeno buraco.

Cobri ainda mais a entrada com a vegetação ao redor, tornando-a ainda menos visível, e me encolhi lá dentro sem me mover.

Nem mesmo respirava alto.

O buraco era realmente muito pequeno.

Se eu fosse um pouco mais gorda, não conseguiria entrar.

Mesmo em tempos difíceis, encontrei um motivo para rir: a última vez que me machuquei não foi completamente em vão.

Por exemplo, o peso que eu nunca conseguia perder antes.

Ao ouvir isso, meu coração se apertou com esperança.

Esperava que eles realmente acreditassem que eu havia pulado e fossem embora!

"Miserável! Que azar! Depois de persegui-la tanto, ela acabou pulando!"

"E agora? Como vamos ganhar dinheiro se essa mulher fugiu?"

"Não, nem pense em ganhar dinheiro, se essa desgraçada escapou, como o tal do César vai nos deixar em paz?"

Depois de tanto esforço para uma busca infrutífera, os homens de Ass. Bruno estavam ficando irritados.

Afinal, eles queriam dinheiro para viver bem.

E não serem capturados por César e perderem suas vidas!

A agitação deles me deu um pouco de alívio, pois seria melhor se acreditassem que eu pulei.

Mas, ao ver que Ass. Bruno permanecia em silêncio, olhando para o penhasco repetidas vezes...