Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 251

Com receio de que as coisas pudessem se complicar, decidi não me apressar em fazer algo que pudesse me ajudar a recuperar a memória. Originalmente, planejava no dia seguinte dar um passo adiante com aquele rapaz bonito, mas acabei desistindo do plano.

Resolvi focar em passar tempo com a minha avó.

Ao mesmo tempo, procurei algo para fazer na empresa, para que o César tivesse que voltar rapidamente ao trabalho.

Eu temia tanto voltar a ser a mesma pessoa que era antes, focada demais em relacionamentos, que até mesmo compartilhar o mesmo hotel com o César me deixava desconfortável.

César percebeu que eu estava tranquila, Rafael não estava por perto, e a tarefa que encontrei na empresa era realmente importante, exigindo sua presença. Assim, ele apenas me lançou um olhar de longe antes de partir.

Assim que ele foi embora, senti uma leveza tão grande que parecia que poderia flutuar.

Célia tinha um mês de férias.

Planejamos ficar ali por mais de duas semanas e, quando ela estivesse prestes a voltar ao trabalho, retornaríamos.

Eu pensava que, se até lá eu não voltasse a ter aqueles sonhos nem mostrasse sinais de recuperar a memória, continuaria com meu plano.

Primeiro, eu precisava garantir que não haveria chance de reconciliação antes de pensar em qualquer outra coisa.

Então, continuei conversando casualmente com aquele rapaz bonito.

Às vezes, até tomávamos um drinque juntos.

Minha avó, apesar da idade, adorava admirar os rapazes loiros e bem apessoados na praia.

Eu e Célia frequentemente a acompanhávamos na praia.

No início, estar rodeada por tantos rapazes de tanquinho era estimulante, mas, com o tempo, a novidade passou e a emoção diminuiu.

Além disso, depois de ficar acordada até tarde analisando dados enviados pelo laboratório, deitei-me na espreguiçadeira sem interesse algum em observar os rapazes, quase adormecendo.

"Todo mundo no hotel está dizendo que essa moça vai dar um grande salto na vida!" Célia comentou, impressionada.

"Quem diria que durante umas férias, poderíamos presenciar algo digno de um romance."

O trabalho no dia a dia era tão monótono e exigente que, nas horas de descanso, Célia adorava ler romances.

Ela achava que o que estava acontecendo era como se um romance tivesse se tornado realidade.

De repente, Célia lembrou do dia em que saltei no mar para salvar alguém. "Você acha que, ao salvar alguém, uma história dessas, de resgatar uma pessoa importante, não aconteceu conosco?"

Eu sorri e disse: "Há tantas pessoas que salvam vidas sem encontrar alguém importante. Nos dias em que ficamos na praia, quantas vezes vimos alguém se afogando? Não há tantas pessoas importantes para todos."

Na praia, acidentes de afogamento eram comuns, e em poucos dias tínhamos presenciado vários incidentes. Por isso, nunca relacionamos o resgate daquela pessoa importante ao meu ato de salvar alguém dias atrás.