Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 259

"Isso não é importante, você também não precisa saber. Basta saber que mantê-la por perto é útil para mim."

Rafael franziu a testa, prestes a dizer algo.

O homem então, com um olhar mais sombrio, declarou: "Eu ouvi do mordomo, que você não esperou seu avô receber alta, apenas voltou para cuidar da sua irmã."

Rafael abaixou os olhos, sem dizer uma palavra.

"Rafael, você, por conta das lembranças da infância, quer reviver aquele calor e realizar os sonhos de criança, namorando a irmã que tanto ama, eu não me oponho."

"Mas, você deve saber o que lhe espera no futuro, não leve tão a sério."

As mãos de Rafael, ao lado do corpo, de repente se fecharam com força.

"Além disso, você não é mais uma criança. Quando eu tinha sua idade, já carregava o peso de toda a família."

"E você ainda é tão instável. Hoje, por causa de uma mulher insignificante que apareceu de repente, você perdeu a compostura. Assim, como pode realizar grandes feitos?"

"E mais, você até agora não percebeu que foi manipulado, não é?"

Rafael ficou surpreso. Manipulado por quem?

"Em breve, deixarei Yago com você. Ele seguirá meu plano e supervisionará você de perto. Cuide-se bem."

O homem apagou o charuto no cinzeiro, indicando que a conversa havia terminado.

Rafael sabia que a conversa estava encerrada. O tio tinha dito que a mulher era útil, então ele não devia insistir.

Mas não pôde evitar de dizer: "Aquela mulher, ela realmente é uma fugitiva que fingiu a própria morte!"

O homem deu uma risada leve, com um toque de sarcasmo: "Mesmo que ela seja, e daí?"

"Comigo aqui, você acha que pode tocar nela?"

As mãos de Rafael se apertaram ainda mais, as veias sobressaindo nas costas.

Vendo que ele estava prestes a perder o controle emocional, o homem deu uma risada desdenhosa: "Se não quer suportar, se não quer viver à sombra dos outros, cresça rapidamente."

"Se você puder me derrubar, prova que tem habilidade."

Lembrei-me de transferir o dinheiro para Rafael da mesma forma, e não o segui.

Embora eu já suspeitasse que Paloma não estivesse morta, e que aquela pequena faxineira era Paloma, nunca consegui encontrar provas de que ela fosse.

Então, deixei o assunto de lado.

Agora, de repente, me deparo com isso, e ainda por cima, aquele grande homem é o tio de Rafael, o que me deixa confusa.

Quero ir ao banheiro lavar o rosto para clarear a mente.

Dizem que o destino é inevitável, e de fato é.

Quando cheguei ao banheiro, Paloma estava lavando as mãos.

Nossos olhares se cruzaram de repente, e ambas ficamos surpresas.

O espanto dela só me confirmou ainda mais que ela era Paloma, e não Teresa!