Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 281

Além das fotos íntimas minhas com o professor, havia também fotos minhas com Wagner Pacheco, tiradas de ângulos tão astutos que, embora nossas interações fossem normais, as fotos sugeriam um relacionamento impróprio.

Especialmente chocante foi a foto de nós dois entrando em um hotel próximo à escola.

Antes que eu pudesse processar essas imagens, Eduardo, que estava comigo no palco para a apresentação, apontou uma faca para o próprio abdômen!

Com uma expressão de dor e desespero, ele se dirigiu a todos, dizendo: "Peço desculpas por afetar o clima do evento, mas não vejo outra saída!"

"Este resultado de pesquisa era para ser uma conquista conjunta minha e dos outros colegas, mas nosso orientador insistiu que deveríamos ceder o trabalho para Via Neto, caso contrário, não nos permitiria graduar."

"Tentamos recorrer em todos os lugares, mas não encontramos solução e fomos levados a esta situação extrema!"

"Estudamos arduamente por vinte anos, vinte anos! Nos dedicamos ao aprendizado e aos experimentos, mas nunca fomos suficientes, enquanto ela só precisou deitar-se com o professor."

"Simplesmente porque ela se deitou, nosso trabalho árduo de cinco anos no laboratório se tornou dela!"

"Enquanto isso, nós nem sequer podemos receber nosso diploma!"

"Este mundo é tão injusto, não importa o quanto nos esforcemos, não adianta, para que viver assim?"

"Espero que minha morte hoje faça com que todos vejam a corrupção no mundo científico, e encoraje aqueles que são oprimidos por seus orientadores ou têm suas descobertas roubadas a se manifestarem, para que possamos restaurar a integridade no campo científico!"

"Para que nós, provenientes de famílias humildes, possamos ter uma chance de vida!"

Ele terminou sua fala e, antes que alguém pudesse reagir, cravou a faca em seu próprio abdômen com força!

Seu desespero, buscando justiça com a própria vida, gerou uma agitação imediata no local, como uma panela fervendo.

No meio do alvoroço das pessoas e dos seguranças que correram ao ouvir gritos, eu assisti Eduardo cair lentamente no chão.

Estava paralisada de choque, incapaz de compreender o que acabara de acontecer.

Ninguém entendia por que Eduardo agiu daquela forma repentina.

Depois de voltarmos ao normal, todos subiram ao palco para me defender, explicando que a ideia inicial era minha desde seis anos atrás. Apesar de eu ter ficado fora do laboratório por quatro anos, durante esses anos não houve progresso até que eu retornei e conduzi a equipe ao sucesso.

No entanto, ninguém estava disposto a ouvir suas explicações.

Todos os meios de comunicação avançaram sobre mim como tubarões atraídos pelo cheiro de sangue, ansiosos para me destruir.

Instintivamente, dei alguns passos para trás.

Tentei explicar, em um reflexo automático, que não era como Eduardo havia dito, que nunca me envolvi com ninguém dessa forma.

O resultado dessa pesquisa não era apenas dele, mas um esforço conjunto de nossa equipe.