Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 37

Eu disse com um olhar inocente no rosto: "Eu estava elogiando minha irmã por sua boa aparência".

"O quê? Agora nem posso elogiar?"

Meus pais ficaram furiosos comigo. "Valéria, quando você se tornou assim?"

"Sua irmã sempre foi tão boa para você, ainda há pouco estava nos convencendo a não chamar a polícia, pedindo que perdoássemos seu ato impulsivo, e você, ao invés de reconhecer a bondade dela, ainda a ironiza!"

"Você não tem um pingo de consciência? Por que você sempre implica com a Paloma?"

Minha mãe estava tão brava que queria abaixar a tigela para me bater.

"Primeiro você fez com que a Paloma fosse sequestrada sem pedir desculpas, depois disse para ela ir morrer, o que a fez ser hospitalizada. No aniversário de sua avó, publicamente a humilhou e ainda a empurrou na água. Depois de tantas ações maldosas, sua consciência não pesa?"

"Valéria..."

Minha mãe ainda queria dizer algo, mas foi interrompida pelo meu pai: "Não diga nada a ela, chame a polícia para prendê-la, ela aprenderá a lição que nós não conseguimos ensinar."

"Deixe-a presa por dois ou três anos, aí ela se acalma!"

"Pai, não faça isso, a irmã me empurrou na água só porque estava de mau humor, ela não queria realmente me machucar."

Quando meu pai ouviu as palavras de Paloma, ele imediatamente olhou para mim com desdém. "Veja só como Paloma é boa, mesmo agora, só pensa em você!"

"E você? Ainda não vai se ajoelhar e pedir desculpas à Paloma? Caso contrário, vá direto para a prisão!"

Sei que meu pai nunca quis realmente que eu fosse para a cadeia desde o início, ele só disse isso para me fazer agradecer a Paloma e usar isso para obter mais de mim.

Antes que eu pudesse dizer algo, meu pai declarou: "Não é só pedir desculpas; você deve convencer sua avó a dar a Paloma os dez por cento das ações que ela tem!"

"Ambas são netas, não faz sentido dar a você e não à Paloma!"

"Você tem que resolver isso, ou vá direto para a prisão!"

Minha avó ainda tinha trinta por cento da Farmacêutica de Seda em suas mãos, e meus pais e meu irmão achavam que minha avó estava planejando dar vinte por cento ao meu irmão para assumir oficialmente a empresa no banquete de aniversário.

E dez por cento para mim como suporte.

Então, eles já planejavam que eu desse minha parte para a Paloma. Mas, na festa, minha avó não mencionou a questão dos dez por cento, e com o incidente da queda na água, eles não tiveram tempo de me questionar sobre isso.