Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 407

Eu só sentia amizade por Fábio, então, quando ele saiu para procurar outras mulheres, emocionalmente, isso não me afetou muito.

Afinal, eu não estava apaixonada.

Eu estava apenas... apenas...

Não sabia como descrever meus sentimentos naquele momento.

Talvez eu realmente não soubesse julgar as pessoas.

Antes, eu confiava tanto no Prof. Pacheco, via nele um confidente e acreditava que ele era uma pessoa muito, muito boa.

Mas sua bondade era proposital, e ele não hesitou em me trair.

Agora, eu achava que Fábio era uma pessoa legal, e que casar com ele poderia me proporcionar a vida simples e plena que eu desejava.

No entanto.

Ele não era nada do que eu imaginava.

Não estou dizendo que Fábio não possa procurar por outras mulheres ou o que quer que seja, eu mesma já fui casada, e é normal que ele já tenha tido namoradas.

Eu realmente não me importava com isso.

Se ele não dissesse que me amava, e nosso relacionamento fosse apenas uma união de interesses, tudo bem.

Mas, amanhã já iríamos ao cartório, e ele, enquanto dizia gostar de mim, foi a um bar para se divertir com prostitutas.

Isso... isso não era apenas uma questão de ter ou não outras mulheres antes do casamento.

Era uma questão de caráter!

Além disso, como Enzo disse, ainda nem nos casamos, e ele já se incomodava tanto com o fato de eu ter sido casada antes; e depois que sua visão romântica de "primeiro amor" por mim se desfizesse após o casamento?

Nosso casamento realmente poderia ser simples e pleno como eu queria?

Antes, quando eu achava que Fábio tinha um caráter excepcional, nunca considerei o lado sombrio do casamento, mas agora, ao ver suas ações enquanto ainda dizia estar loucamente apaixonado por mim sem me ter conquistado totalmente, posso imaginar como seria depois do casamento.

Eu mal consegui tomar uma decisão firme, e tudo desabou em um instante.

Quando estava prestes a entrar no carro, Célia me ligou para dizer que o doutor dela já tinha chegado e perguntou a que horas iríamos ao cartório amanhã.

Fiquei em silêncio por um momento antes de responder, "Acho que não poderei ir ao cartório."

Célia ficou surpresa, "O que?"

Então, instintivamente, ela perguntou, "Você ainda está pensando no César, não conseguiu esquecê-lo, e agora está arrependida?"

"Não é isso!"

"Então, o que aconteceu?"

"Eu explico quando chegar em casa." Não era algo que eu quisesse discutir pelo telefone, e também não diante de Enzo. Célia morava bem em frente à minha casa, e eu preferia conversar pessoalmente.

Célia, que me conhecia bem, entendeu que algo grave havia acontecido para eu estar assim. Ela apenas disse que me esperaria voltar e desligou.

Depois de entrar no carro, um pouco mais calma, pedi a Enzo para esperar um pouco.

Então, peguei o celular e liguei para Fábio.