Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 443

Quando cheguei à porta, de repente me virei, olhei para César e lhe dei um sorriso, "César, adeus."

Entre nós, houve um começo tão bonito.

Eu desejava que, quando chegássemos ao fim, também pudéssemos terminar de maneira bonita.

Independentemente do que aconteceu entre nós, ou de quanto eu sofri, eu só não queria mais amá-lo, mas nunca me arrependi de tê-lo amado.

Conhecê-lo e amá-lo sempre foi a coisa mais bela da minha vida.

César também me deu um sorriso, tentando me fazer lembrar dele do jeito que eu mais gostava, "Adeus, Via."

"Cuide-se bem."

Sorrindo, acenei para ele, "Eu vou."

Depois de dizer isso, não esperei que ele dissesse algo e me virei para sair.

Eu caminhei com determinação.

Sem qualquer hesitação ou tremor.

Eu realmente não amava mais César como antes.

O que restava de apego, deveria desaparecer para sempre com o fluxo do tempo.

Quando nos divorciamos, eu disse adeus a César.

Naquela época, ele estava muito machucado.

No entanto, ele ainda tinha uma crença firme no coração, acreditando que acabaríamos juntos novamente, que aquele adeus era apenas temporário.

Eu acabaria voltando para seus braços.

Deixar temporariamente era para ter de volta de forma melhor.

Agora, desta vez.

Sem crença, sem firmeza, ele sabia que este adeus era para nunca mais ver.

Eu não pertencia mais a ele.

Ele me olhava daquele jeito, apenas me observando, passo a passo, sair de sua vida.

Até que eu desapareci completamente de sua visão, de seu mundo.

Foi só então que ele não pôde mais suportar, vomitando sangue.

Mesmo se apoiando na mesa, ele não conseguia sustentar seu corpo cambaleante.

Ele mereceu isso.

Mereceu!

Depois de entrar no carro, para que Célia não se preocupasse e ficasse ansiosa, liguei para ela imediatamente.

O telefone tocou apenas uma vez antes de Célia atender.

Ela estava, de fato, preocupada comigo, segurando o celular com inquietação.

Antes que eu pudesse dizer algo, Célia do outro lado da linha, ansiosa, falou, "Via..."

Eu sorri, interrompendo suas palavras de preocupação que viriam a seguir, "Estou bem."

Célia ficou atônita.

Ela me conhecia tão bem que, apenas com essas três palavras, podia sentir a mudança radical no meu humor.

Logo, ela retomou a consciência, "Então, a notícia é um mal-entendido?"

Achava que a notícia era falsa, por isso minha mudança repentina de humor.

"Não, é verdade, eu apenas deixei para trás de vez." Antes que Célia dissesse qualquer coisa, eu continuei, "Sério, eu apenas deixei para trás de vez."

"Você não tem ideia de quão leve estou me sentindo agora." Depois da dor, meu coração estava apenas em paz.

"Desde que recuperei a memória, nunca me senti tão bem."

Desde que recuperei a memória, vivi em constante conflito.