Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 53

Eu olhei com sarcasmo para Paloma, que César carregava nos braços.

Sinceramente, eu detestava pessoas como eles.

Diziam que não havia nada entre eles, mas faziam tudo para mostrar o contrário.

César parecia só então perceber que estava segurando alguém no colo, e imediatamente colocou Paloma no chão.

Sem se importar com a expressão sombria que surgiu no rosto de Paloma.

"Paloma torceu o tornozelo agora há pouco, eu só queria levá-la ao hospital."

No passado, quando eu questionava a proximidade entre César e Paloma, César sempre respondia com impaciência, dizendo que eu estava sendo irracional, que eu via sujeira em tudo por causa do meu coração sujo.

Nunca se deu ao trabalho de explicar nada.

Agora, quando eu não precisava mais de explicações, ele começava a se explicar.

"Não me interessa para onde você vai levá-la, e eu nem quero saber. Eu disse isso apenas para o lembrar de que você não tem o direito de me questionar sobre nada!"

Por causa desse desgraçado, eu já tinha perdido tanto, e não podia deixar que ele me desonrasse ainda mais.

Depois de falar, eu lancei um sorriso de desculpas para Wagner e me preparei para sair.

César, com um movimento brusco, me puxou para seus braços, seu rosto bonito exibindo uma expressão perigosa, "Via, não se esqueça, você é minha esposa!"

Encarei seu olhar perigoso sem medo, "E daí que sou sua esposa? Isso lhe dá o direito de abraçar qualquer mulher que quiser, enquanto eu quase caio e não posso ser amparada por ninguém?"

César parecia querer dizer algo, mas parecia não saber o que, e apenas me segurou mais forte.

Eu franzi a testa, prestes a dizer alguma coisa.

Paloma, ao lado, exclamou com uma voz frágil, "irmão César, meu pé está doendo tanto, será que quebrei?"

Soltei uma risada fria, olhando para César, "Ainda está parado? Não ouviu sua querida irmãzinha gritar de dor? Quebrou o pé! Se não levar ao hospital agora, o que vai fazer se o pé dela ficar inutilizado?"

Todos ficaram chocados!

Especialmente César.

Seus olhos arregalados estavam cheios de incredulidade.

Bonito, de boa família, criado com todos os mimos, mesmo após a morte de sua mãe, quando foi expulso de casa pelo pai, nunca havia passado por tal humilhação, muito menos agora, sendo o poderoso Sr. Cardoso!

Paloma recuperou-se do choque e gritou, "Via! Como você se atreve! Com que direito você bate no irmão César!"

Soltei mais uma risada fria, "Com que direito? Pelo fato de que ele é meu marido!"

"Se você não quer que eu tenha esse direito, então faça um esforço!"

Se estava tão zangada, achando que eu não era digna, então que ela se esforçaria e conquistaria César de uma vez por todas!