Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 95

Eu me esquivei do golpe dela e soltei uma risada fria.

"Por que eu não ousaria?"

Eu havia suportado eles por tanto tempo, apenas desejando um divórcio pacífico, sem buscar vingança. Mas, e eles?

Eles me viam como alguém fácil de humilhar!

Espalharam boatos, me difamaram, e ainda por cima quiseram atacar meu professor!

Paloma, que não conseguiu me acertar, ficou ainda mais irritada, quase enlouquecida.

"Via! Como você ousa! Como você ousa!"

Sempre fui esmagada por Paloma, nunca venci uma discussão com ela, o que sempre a fez se sentir superior e vitoriosa diante de mim.

Ela não podia acreditar que eu finalmente estava reagindo, e ainda de forma tão eficaz.

Ela perdeu completamente o controle!

Pegou um bule de chá que estava sobre a mesa ao lado e o lançou em minha direção.

Como meu professor estava ao lado, eu não pude desviar e o bule me atingiu com força, quase me fazendo chorar de dor!

Sempre tive medo da dor, mas, tomada pela raiva, peguei um prato que estava ao lado e o joguei de volta nela.

Num piscar de olhos, uma figura alta apareceu, usando seu corpo para proteger Paloma, e o prato acertou em cheio as costas largas do homem.

Antes que todos pudessem entender o que havia acontecido, o homem se virou.

"Via!"

Meu este marido parecia ter um tipo de habilidade especial; quando eu estava em perigo, ele nunca aparecia, mas quando sua Paloma estava em risco, ele parecia surgir de qualquer lugar.

Eu tinha jogado o prato com força, e César sentiu a dor. Ele não queria imaginar o que teria acontecido se o prato tivesse acertado a frágil Paloma.

Isso fez com que ele me olhasse com raiva,

Ao contrário, ele respondeu com um certo respeito: "Não é isso, Prof. Jacinto..."

Antes que ele pudesse terminar, Paloma, que havia se recomposto, começou a chorar e se jogou nos braços dele, "irmão César... irmão César... irmão César..."

A cada menção de "irmão César" por Paloma, aqueles que conheciam a relação dela com o pai de César não puderam evitar um calafrio.

Antes, quando ouviam Paloma chamá-lo de "irmão César", pensavam no casal de infância que cresceu junto, um amor doce.

Agora, ao ouvir novamente "irmão César"...

Eles só podiam sentir arrepios, sem palavras, sem voz.

Paloma, agitada, de repente desmaiou nos braços de César.

Ela sempre tinha essa habilidade de desmaiar instantaneamente quando as coisas não estavam a seu favor.

César olhou para ela desacordada, com seus olhos brilhantes de raiva crescente, "Via, por que você sempre tem que confrontar Paloma?"