No entanto, um desejo carnal se apossou de mim, aflorando a raiva há tanto tempo alimentada.
Em vez de desacelerar o carro, pisei fundo no acelerador em direção a Andrea. Naquele instante, eu mostrava quem realmente era.
Se ela partisse desse mundo, eu não precisaria mais me preocupar se Hendrix voltaria ou me deixaria de novo.
Enquanto o veículo corria na direção dela, eu, de fato, esperava que ela morresse.
Mas Hendrix apareceu de repente na frente dela e bloqueou o caminho com um expressão gélida.
Pisei forte no freio, percebendo que, de fato, não estava bem, pois eu queria mesmo matá-la...
Um momento depois, Hendrix me puxou para fora do carro e me encarou com olhos frios e firmes. "Arianna, o que você está fazendo?"
Perdi o controle do corpo e caí no chão, mas ele me segurou com reflexos rápidos; porém a raiva ainda era visível em seu rosto.
Lágrimas brotaram nos meus olhos enquanto eu implorava: "Hendrix, você pode pedir a ela para ir embora?".
Puxando as mãos frias dele, sufoquei um soluço e continuei: "Hendrix, eu te amo mais do que você pensa. Por favor, não me faça fazer isso. Se ela aparecer aqui de novo, vou matá-la de verdade".
Desta vez, deixei minhas emoções jorrarem enquanto expunha tudo que sentia a Hendrix. Todos meus sentimentos estavam lá: minha maldade, meu egoísmo, meu ciúme.
Ele franziu os lábios quando nos entreolhamos e, inconscientemente, soltou meu braço. Depois estendeu a mão e tocou meu rosto com a mão, aproximando o próprio rosto do meu: "Idiota!".
Ele me pegou no colo e odernou a Minnie, que saíra com pressa: "Chame um táxi para a srta. Burton!".
Minnie assentiu.
Após se recuperar do choque, Andrea olhou para mim e Hendrix, pálida. Ela abriu e fechou a boca como um peixe enquanto o encarava, e sua voz estava cheia de angústia ao chamá-lo, "Hendrix...".
"Vá embora!" Hendrix gritou e me levou para dentro do casarão.
Pude ouvir vagamente a voz de Minnie. "Senhorita Burton, seu táxi chegou!"
No quarto, Hendrix me deitou na cama e ficou me olhando por um longo tempo. Depois se aproximou e me deu um beijo na testa. "Não seja tão impulsiva da próxima vez! Do contrário..."
Ele não terminou a frase, só mordeu meu ombro com seus lábios finos, me machucando um pouco. Fiz uma leve careta, mas não disse nada.
O telefone dele tocou após Hendrix terminar de me enfiar embaixo das cobertas. Logo vi que era Andrea no identificador de chamadas.
Ele também viu, mas não atendeu o celular.
Após várias ligações não atendidas, ela mandou uma mensagem para ele.
O texto dizia: 'Hendrix, por favor, não me deixe. Já perdi meu irmão, só tenho você agora'.
Eu queria rir, mas perdi a vontade quando meus olhos ficaram úmidos.
Hendrix leu a mensagem, mas não respondeu. Em vez disso, ele se sentou na varanda fumando um cigarro, exalando solidão e tristeza.
Logo caí em sono profundo, mas acordei com o som de um trovão.
Achei que o tempo estaria bom, mas chovia muito no meio da noite.
Com a companhia de Monique, teria sido muito menos assustador. No entanto, o quarto estava vazio, e a luz dos relâmpagos entravam pela janela, dançando loucamente com as sombras.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Se você me ama
Vai ter mas capítulos??...