Segredos do amor romance Capítulo 3

Quando Victoria acordou na manhã seguinte, percebeu que estava resfriada. Então, ela foi até a gaveta em busca de um medicamento para a febre e serviu um copo de água.

No instante em que engoliu o comprimido, uma realização a atingiu, fazendo seus olhos se arregalarem e seu rosto empalidecer. Rapidamente, ela correu para o banheiro para cuspir o comprimido. Em seguida, inclinou-se sobre a pia, repetidamente cuspindo e enxaguando a boca para eliminar até o último vestígio do comprimido dissolvido.

“O que aconteceu? Por que você correu aqui? Está doente?”

Quando a voz distinta de Arthur ecoou da porta, Victoria olhou para cima, assustada.

Enquanto isso, ele franziu a testa ao olhar para ela.

Assim que capturou seu olhar, ela rapidamente o desviou e, após um momento de silêncio, respondeu: “Não é nada. Eu apenas tomei o remédio errado.”

Ela então enxugou as gotas de água dos lábios e saiu do banheiro.

No entanto, Arthur observou Victoria sair com um olhar contemplativo. Ela está agindo de forma estranha desde que voltou para casa ontem.

Depois do café da manhã, o casal saiu de casa juntos.

Vendo seu rosto pálido, ele perguntou: “Você quer ir no meu carro comigo?”

Antes que ela pudesse concordar, no entanto, o telefone dele tocou.

Assim, Arthur olhou para ele e viu que era uma ligação de Claudia. Ele queria voltar para dentro para atender ao telefone, mas quando ergueu a cabeça, viu que Victoria já tinha saído.

Embora casados, eles não compartilhavam os mesmos interesses; portanto, ela não costumava ouvir suas chamadas telefônicas. Essa era a dinâmica deles nos últimos dois anos.

No entanto, sua fuga repentina fez seu coração doer naquele dia. Logo, a dor desapareceu rapidamente quando ele atendeu a ligação.

Enquanto isso, Victoria estava parada a alguns metros de distância, observando Arthur. Pelo olhar em seu rosto, ela sabia quem era a pessoa que estava ligando. Seu rosto estava tão gentil e suave; era um lado dele que ela nunca tinha visto antes.

Então, ela deu um profundo suspiro e reprimiu a inveja que estava crescendo dentro dela. Em seguida, ela se dirigiu à garagem enquanto tirava o telefone do bolso.

Cinco minutos depois, ele desligou o telefone e virou-se para encontrar ninguém ao seu lado. Depois, ele olhou rapidamente para diferentes direções, mas não conseguiu encontrá-la.

Nesse momento, seu telefone vibrou com uma nova mensagem. “Preciso ir urgentemente ao escritório, então eu saí primeiro.” Enquanto Arthur olhava para a mensagem de texto, seu rosto escureceu.

Enquanto isso, a mulher se forçou a superar seu desconforto e entrou no escritório. Assim que se sentou, ela se esparramou sobre a mesa.

Minha cabeça está doendo tanto!

No entanto, ela sabia que não podia tomar medicamentos para a dor, mesmo que quisesse, porque estava grávida.

Às vezes, ela não sabia o que estava pensando, especialmente considerando que seu casamento com Arthur era fictício. Mesmo que estivesse grávida, Griselda seria a única pessoa genuinamente feliz por ela. Além disso, Victoria sabia que ninguém mais, incluindo ele, ficaria feliz com o nascimento de seu filho.

Ela esperava que, ao contar a ele que estava grávida, ele aceitasse a criança e fortalecesse seu casamento. No entanto, quando soube que Claudia havia retornado, ela percebeu que ele ainda sentia o mesmo por ela como no passado. Se Arthur soubesse, seu primeiro instinto ao ouvir a notícia seria aconselhar um aborto, temendo pelo futuro de seu casamento com Claudia. No entanto, uma voz em sua cabeça lhe disse para abortar o bebê imediatamente, ou ela ficaria apenas com a vergonha.

“Sra. Victoria.” A doce voz de uma mulher chamando de perto a tirou de seus pensamentos. Ela olhou para cima e viu que era Yasmin Labauve, sua assistente.

Então, Victoria se sentou reta e exibiu um sorriso perfeito. “Bom dia. Você está aqui.”

Por outro lado, Yasmin não retribuiu o sorriso, mas a olhou com uma expressão preocupada. “Victoria, você não está bem. Está doente?”

A pergunta a surpreendeu, mas logo ela balançou a cabeça em resposta. “Estou bem. Não dormi bem à noite. Só isso.”

“Mesmo?” Yasmin não parecia acreditar nela. “Você está com um aspecto muito pálido, no entanto. Você está realmente bem? Deveria tirar o dia de folga e ver um médico.”

“Estou bem”, respondeu Victoria. “Você terminou o trabalho de ontem?”

No entanto, Yasmin estava indefesa diante da insistência contínua no trabalho. No final, ela entregou os documentos já organizados de sua mesa e serviu um chá para Victoria.

É apenas uma febre leve, e eu não sou tão mimada. Se eu tirar folga e delegar minhas tarefas sempre que estiver doente, acabarei ficando acomodada. O que farei se ficar doente no futuro sem ninguém para me ajudar?