Segredos do amor romance Capítulo 4

Victoria objetou impotente: “Eu não estava completamente encharcada, apesar da chuva. Além disso, estou bem.” Ela então se dirigiu à mesa de Arthur e colocou o relatório de ontem em cima dela. “Aqui está o resumo de ontem. Eu já organizei. Agora, eu tenho trabalho a fazer, então vou deixar vocês dois com a sua reunião.”

Ela olhou para Claudia, que imediatamente sorriu para ela.

Quando ela saiu, Arthur estava franzindo a testa.

“Arthur?”

Ele só saiu de seus pensamentos quando Claudia chamou por ele.

Sua reação a confundiu, mas ela soou gentil e cuidadosa ao dizer: “Victoria não parece estar bem. Ela pode ser sua secretária agora, mas costumava ser a filha querida dos Selwyns antes de eles falirem. Você não pode ser muito duro com ela.”

Muito duro com ela? Arthur riu internamente. Quem poderia ser duro com aquela mulher?

No entanto, ele não disse nada disso; em vez disso, respondeu com um resmungo de reconhecimento.

Enquanto isso, Victoria voltou para o seu escritório com os pés pesados e a cabeça latejante. Assim que se sentou, não conseguiu evitar se curvar sobre a mesa. De repente, sua cabeça estava girando intensamente.

Ela perdeu a noção do tempo até finalmente ouvir a voz de Yasmin.

“Victoria, por que você não vai para casa e descansa?”

Naquele momento, Victoria se sentiu tão letárgica e doente que sua única resposta foi: “Yasmin, deixe-me dormir um pouco.” Depois disso, ela imediatamente caiu em um sono profundo.

Ela teve um sonho em que tinha dezoito anos novamente. Naquele dia, ela e Arthur tiveram sua celebração de maioridade. Então, suas famílias decidiram hospedar a festa. Naquela noite, ela vestiu especificamente seu vestido azul favorito, fez cachos no cabelo e fez as unhas. Ela planejava confessar seu amor por ele.

Depois de uma busca longa e infrutífera, ela o encontrou no jardim. Enquanto se aproximava dele, ouviu os amigos dele o provocando.

“Você é um adulto agora, Artie. Tem alguma garota de quem você gosta? Talvez você possa ficar noivo”, disse um deles.

“Victoria é bem legal. Ela está sempre por perto de você”, disse outro.

Quando Victoria ouviu isso, parou instintivamente de andar, querendo ouvir o que Arthur tinha a dizer. Afinal, a resposta dele era vital para o que ela faria em seguida.

No entanto, ela não ouviu a resposta dele, pois alguém falou primeiro. “Victoria é impossível. Artie só a vê como sua irmãzinha. Todo mundo sabe que a única pessoa em sua mente é Claudia.”

Claudia...

Então, Victoria deu uma olhada furtiva em Arthur.

Naquela noite, Arthur estava sentado no banco de pedra, com as pernas tão compridas que mal tocavam o chão. Ele tinha um leve sorriso e não se opôs ao que eles disseram.

“De fato. Claudia é mais feminina, gentil e bonita, mas Victoria é apenas uma garotinha. Além disso, Claudia é a salvadora de Arthur.” O garoto que falou era Bruno Morison, um dos melhores amigos de Arthur. Ele adorava provocar Victoria. Sempre que se encontravam, ele insistia em puxar suas tranças.

Ele também era uma das pessoas que Victoria mais odiava. Eu não sou uma garotinha!

“Isso mesmo”, disse outro amigo de Arthur. “As águas estavam tão perigosas naquela época. Se ela não tivesse pulado para salvá-lo, Arthur Cadogan talvez não estivesse vivo hoje.”

Arthur assentiu. Finalmente, houve uma resposta dele quando ele concordou com um murmúrio.

Sob a luz da lua, seu rosto parecia muito calmo. “O lugar ao meu lado sempre será dela.”

De repente, o coração de Victoria se partiu literalmente ao ouvir isso. Ela ficou ali parada, atônita, enquanto o sangue se esvaía de seu rosto, deixando sua pele branca como a neve. No entanto, ela não esperava que sua declaração fosse rejeitada antes mesmo de ser feita.

Claudia havia salvo a vida de Arthur, e todos estavam falando sobre isso. Normalmente, os heróis resgatam damas em perigo. No caso de Arthur e Claudia, no entanto, uma jovem veio ao resgate de um homem.

Por outro lado, Victoria não estava ciente do ocorrido.

Ela também havia caído no rio, resultando em uma alta febre. Quando finalmente acordou, havia esquecido os eventos e não fazia ideia de como ou por que havia caído no rio. Um de seus colegas de classe disse que ela caiu acidentalmente por ser muito brincalhona.

Teria sido ótimo se eu fosse a que o salvou.

Naquele momento, seu coração parecia estar carregado por uma pedra. Sua cabeça latejava, e ela pensou: Por que eu não fui a que o salvou naquela época? Se ao menos... Se ao menos...

É... um sonho? Por que parece tão real?

Por que ela está aqui? Logo Victoria percebeu. Ela se virou para olhar o motorista. Era Arthur, e Claudia estava sentada no banco do passageiro.