Segredos do amor romance Capítulo 421

Quando Victoria ouviu os sons suaves, fechou ligeiramente as pálpebras, pois a luz forte quase a impediu de abrir os olhos. Demorou um pouco para se ajustar à luminosidade e começar a enxergar direito. Tão logo ela conseguiu focar os objetos, viu Gael e Nicole parados não muito longe.

Nesse instante, ela pensou que os seus olhos estivessem pregando uma peça nela e, por isso, ficou surpresa e se sentou de repente.

E então as duas crianças se aproximaram e a cumprimentaram. “Mamãe, você está acordada!”, Nicole disse, acordando Arthur, que ainda estava meio adormecido.

Quando a menina viu que ele estava acordado, também o chamou alegremente, puxando as pontas da roupa dele. “Sr. Night! Você dormiu junto com a mamãe? Isso significa que você é meu pai agora?”

Apesar da pouca idade, ela era perspicaz. Ela nunca tinha visto a sua mãe e Bruno dormindo juntos assim antes. Aliás, não havia nem um pingo de intimidade entre eles.

Por isso, não podemos nos enganar pela pouca idade das crianças. Às vezes, elas entendiam certas coisas com mais clareza.

Arthur foi pego de surpresa pela pergunta repentina, e permaneceu imóvel por um momento. “Papai? Hã?”

Ele olhou para Victoria, que estava sentada no sofá, e então pressionou levemente a mão na cabeça de Nicole. “Se eu posso ser o seu pai ou não, depende da opinião da sua mãe.”

“Mamãe?”, a menina olhou para Victoria.

“Sim. Se a sua mãe concordar, serei o seu pai. Se ela não concordar, terei que me esforçar mais para que eu seja aceito.”

Depois disso, Nicole subiu no sofá e abraçou a mãe. “Então, mamãe, você aceita o Sr. Night?”

Victoria ficou sem palavras.

“Mamãe, você já deve ter aceitado, senão não o teria deixado dormir com você.”

Victoria estava embasbacada e envergonhada. Parecia que estava havendo um grande mal-entendido. Embora ela tivesse começado a aceitar Arthur, ainda tinha algumas reservas quando se tratava dos filhos. Afinal, o passado dela foi muito traumático.

Embora parte disso fosse resultado de seu próprio mal-entendido, se ele tivesse esclarecido os seus sentimentos antes, como poderia ter havido tantos desencontros entre eles?

O clima ficou estranho, pois a menina ainda estava olhando para ela e esperando a sua resposta. Ao mesmo tempo, Arthur exibia um sorriso confiante, como se tivesse certeza de que ela concordaria. Mas, para a sua surpresa, ela ficou em silêncio.

Arthur pareceu entender o motivo daquele silêncio. O seu olhar foi perdendo o brilho, mas ele permaneceu calmo. E, sem esperar que Victoria falasse, ele interveio na conversa. “Está tudo bem. Não é nada urgente. Vamos discutir isso mais tarde.”

Em seguida, deu um tapinha gentil na cabeça de Nicole. “Dê mais um tempo à sua mãe e me dê uma chance de provar o meu valor, certo?”

Victoria observou a calma dele e não ficou satisfeita. Dadas as circunstâncias, ela ficou surpresa que ele ainda conseguisse dizer tais coisas. Ela queria saber o que ele estava sentindo naquele momento.

Nicole também percebeu que algo estava errado e parou de falar. Depois de um momento, Gael se adiantou, pegou a mão dela e a puxou para o lado.

Não é a hora certa? “Quando será...?”

Ele ficou ali, relutante em sair. Depois de curtir o momento por um tempo, colocou aquela foto como papel de parede e protetor de tela do telefone. Depois, ficou bloqueando e desbloqueando o telefone, gostando cada vez mais da imagem.

Assim que Victoria e as duas crianças terminaram de escovar os dentes, eles se viraram e o pegaram olhando para o telefone, com uma expressão que parecia um tanto apaixonada. Está apaixonado?

Victoria ficou perplexa por um momento, mas se interessou pelo que ele estava vendo. O que poderia deixá-lo tão apaixonado? Com esse pensamento, ela se aproximou. “O que você está olhando?”

No entanto, quando Arthur percebeu a aproximação dela, ele rapidamente guardou o telefone no bolso, impedindo-a de ver o que havia na tela.

“O que há de tão secreto que não posso ver?”

Arthur sorriu maliciosamente. “O quê? Está interessada no que estou vendo?”

Provocada por ele, Victoria desviou o olhar. “Na verdade, não.”

Ela não pretendia perguntar mais nada para não parecer enxerida. E então voltou para dizer às duas crianças que lavassem e secassem o rosto. “Tudo pronto. Vamos tomar café da manhã.”

Quando Arthur se aproximou, Victoria se lembrou de algo. “Quando voltaremos para casa?”

Afinal, as crianças estavam crescendo e tinham que continuar os seus estudos em casa. Não seria conveniente simplesmente abandonar os estudos enquanto permanecessem no exterior.