Segredos do amor romance Capítulo 422

“Eu disse aos homens para lidarem com o problema”, Arthur explicou.

Se ele os instruiu, mas estava sem informação, é porque algo errado havia sido encontrado.

Embora ele tivesse lutado contra Bruno e salvado Victoria, os documentos de identificação dela ainda estavam com Bruno. E, sem qualquer documento, seria quase impossível para ela voltar para Corynthea.

Isso significava que ela nem deveria se preocupar em pensar em voltar para casa. No entanto, era extremamente chato ficar na mansão o dia todo.

Pouco depois do café da manhã, o médico chegou para trocar os curativos de Arthur.

Como o seu ferimento era sério, o médico estava de olho nele.

Após a troca dos curativos, o médico passou algumas instruções sobre os cuidados necessários, e também verificou o ferimento de Nicole.

Assim que terminou, Tenório o acompanhou antes de levar as duas crianças para os seus quartos.

Enquanto isso, Victoria ficou para garantir que Arthur tomasse os comprimidos amargos.

Ele franziu a testa assim que sentiu o gosto desagradável do remédio, mas se forçou a engolir tudo, já que Victoria estava de olho. Era um gosto agridoce.

Depois de medicado, Victoria achou que tivesse completado um terço das tarefas do dia. Contudo, algo ainda a preocupava, mas hesitou em falar, pois teria que conversar com Arthur.

“O que você está pensando?”, ele perguntou ao notar o titubeio dela.

Depois de encará-lo por um momento, ela engoliu as palavras que estavam na ponta da língua. “Não é nada.”

Ele olhou de volta, sem dizer nada. Estava claro que ela queria lhe contar algo, mas se ela não quisesse falar... Ele esperaria a vontade dela. Bem, não posso simplesmente forçá-la.

...

Depois de um dia inteiro escondida, Victoria decidiu descer para uma breve caminhada depois do almoço. Nesse meio tempo, ela esbarrou em Tenório. Ao vê-lo, ela se lembrou das perguntas que ela queria fazer a Arthur e, por isso, correu até ele. “Sr. Levane!”, ela gritou.

A julgar pela rapidez com que ela caminhava para alcançá-lo, Tenório percebeu que ela queria algo dele, e então interrompeu os seus passos. “Há algo que você queira, Sra. Selwyn?”

“Sim. Tenho uma pergunta.”

Ela olhou em volta para se certificar de que não havia ninguém por perto. “Sabe por que Arthur se machucou ontem à noite? Quero dizer... Quem o machucou? O que aconteceu com o culpado?”

Apesar de sua sutileza, ele logo percebeu qual era a verdadeira intenção dela. “Sra. Selwyn, é sobre Bruno Morison?”

Para ela, Bruno realmente precisava de tratamento, especificamente de terapia. Se ele estivesse disposto a fazer terapia... Os seus olhos brilharam ao pensar na possibilidade. “Sr. Levane, você acha...”

Ele interrompeu rapidamente antes que ela pudesse terminar a pergunta. “É impossível! Deixe-o em paz. Ele provavelmente está acamado agora. Mesmo que esteja disposto a consultar um médico, os seus subordinados o ajudariam a procurar um. De qualquer forma, terapia não é o único tratamento de que ele precisa.”

“Sério?” Victoria ficou em silêncio mais uma vez e não o incomodou mais. “Vou deixá-lo com o seu trabalho, então. Vejo você por aí.”

Enquanto a observava se afastar taciturnamente, sentiu-se enojado com a sua própria resposta. Ela só queria ajudar um velho amigo, mas ele... Bem, ele estava apenas falando o que pensava. Não havia como ele sentir empatia. Ainda assim, ele não deveria ter sido tão brusco com ela. No final, ele tentou dar um toque diplomático às suas palavras rudes. “Sra. Selwyn? Vou ajudá-la a ficar de olho e notificá-la se houver alguma novidade.”

“Sério? Não vai dar muito trabalho para você?”

Ele sorriu. “Vai ficar tudo bem! Farei o meu melhor.”

...

Cerca de dez minutos depois, Tenório relatou a conversa a Arthur, que fez uma careta ao final. “Ela está preocupada com Morison?”

Tenório assentiu. “Sim. Ela não está sendo um pouco gentil com ele? Ele a sequestrou! Então por que ela teria interesse em querer ajudá-lo a procurar tratamento?”

Arthur estava irritado.