“Nicole e Gael perguntaram se você poderia se despedir deles”, ela sussurrou, inclinando-se nos braços de Arthur.
“Não vou me despedir deles.”
Victoria ergueu a cabeça e o encarou com perplexidade. “Por quê? Se veio se despedir de mim, então por que não se despedir deles também?”
Arthur lhe lançou um olhar sério e a beijou novamente. “Podemos nos ver quando eu voltar, mas espero que até lá... Eu possa ouvi-los me chamando de algo diferente de ‘Sr. Night’.”
Victoria não disse nada.
“Não está disposta a me aceitar? Você aceitou o meu beijo, mas ainda não está disposta a considerar os meus sentimentos?”, ele disse, cutucando delicadamente a testa dela.
No início, ele ainda estava enciumado, sentindo que precisava competir com Bruno, mas, depois do beijo, ele ficou mais seguro, pois percebeu a correspondência da parte dela. Agora, tudo o que ele precisava era encerrar as suas pendências aqui e voltar para casa, onde poderiam viver como uma família. “Os meus pais também estarão no aeroporto quando você voltar. Vai permitir que eles conheçam as crianças?”
Victoria ficou em silêncio, e Arthur conteve as suas emoções ao perceber a atitude dela. Na verdade, ele sabia com o que ela estava preocupada. Ela temia que alguém pudesse levar embora os seus filhos. Portanto, ele não faria nada que a deixasse assustada. “Se não estiver pronta, ignore o que acabei de dizer, e não contarei nada aos meus pais.”
Surpresa, Victoria percebeu que ele já havia se rendido, não ousando dizer mais nada. Parecia que ele estava com medo de ofendê-la. Tal atitude a deixou triste porque ele nunca havia se comportado de forma tão humilde antes. “Eu disse alguma coisa?”, ela o repreendeu.
“Hã?”
“Eu não disse nada e você já está antecipando uma possível resposta.”
Arthur não conseguia mais se controlar. Era como se ele tivesse se transformado em uma pessoa completamente diferente. “É porque tenho medo que você me rejeite”, ele respondeu. “De acordo com o que acabou de dizer, você está disposta a deixar os meus pais conhecerem os seus filhos?”, ele acrescentou.
Concordar com ele poderia indicar perdão da parte dela. Por isso, ela estava relutante. Mas, quando ela pensou em como ele ficaria para resolver os assuntos pendentes, e que poderiam não se encontrar por um longo tempo, a sua atitude se tornou mais flexível. “Estou disposta a deixá-los se conhecerem...”
“Sério?”
A sala estava escura como breu, mas ela sentiu o humor dele melhorando. “Sim. Passe o número de contato deles e eu ligarei assim que chegarmos em casa.”
“Tudo bem. Vou notificar Tenório para lhe dar o número de contato.”
Assim que os dois terminaram a discussão, a sala ficou em silêncio novamente. E, então, ouviram passos rápidos vindos de fora.
“Para onde a mamãe foi?”
Os três haviam caminhado um bom trecho quando perceberam que Victoria não os seguia mais. Por isso, retornaram para tentar achá-la, mas só viram uma pequena mala do lado de fora da porta.
“Isto é meu, mas cadê a mamãe?”
Percebendo que os três do lado de fora pudessem ouvi-la, ela rapidamente se conteve e parou Arthur, tocando o tórax dele. Ele é muito imprudente. Como ousa fazer uma coisa dessas quando as crianças e Tenório estão lá fora...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...