A princípio, Jéssica pensou que o tinha ouvido mal. Afinal, ela não podia acreditar que Bruno concordaria em conseguir um psiquiatra para Victoria.
Após ficar atordoada momentaneamente, perguntou: “O que acabou de dizer, Sr. Morison?” Ela queria confirmar, já que não conseguia acreditar no que ouvira.
Naquela fração de segundo, Bruno a olhou com frieza. Jéssica ficou assustada e acrescentou depressa: “Vou fazer isso imediatamente.” Ao correr para fora do quarto, viu Ethan parado na esquina do corredor. Então, ela deu imediatamente a notícia. “Sr. Hudson, o Sr. Morison concordou em encontrar um psiquiatra para a Sra. Selwyn.”
Para ela, isso era uma boa notícia. No entanto, depois que contou a notícia ao colega, percebeu que o homem não parecia emocionado. Era como se estivesse lhe dizendo que isso não era algo para se comemorar. Naquele momento, o sorriso em seu rosto desapareceu lentamente.
“Isso não é uma coisa boa, Sr. Hudson? Por que você não parece feliz?” Jéssica se perguntou se havia feito algo errado, mesmo que ainda não tivesse feito nada.
O assistente a olhou e disse: “Essa é a minha expressão de sempre. Você não vai procurar um psiquiatra? Vá em frente.”
Ela passou apressada pelo colega.
Quando o psiquiatra chegou, Victoria ainda estava dormindo. Então, ao invés de acordá-la, Bruno o pediu para esperar ao lado de fora. O especialista já estava irritado, já que teve que ir até lá. Ele nunca imaginou que ainda iria aguardar por sua paciente. Quando estava prestes a expressar sua insatisfação, o mordomo imediatamente disse: “Por favor, nos desculpe. Pagaremos o triplo das taxas.”
No mesmo momento, o psiquiatra ficou emocionado. Ele sentiu que estaria disposto a esperar muito tempo se pagassem um preço tão alto.
Uma hora depois, Victoria acordou. Só então o criado deixou o especialista entrar no quarto. Benjamin, o psiquiatra, olhou imediatamente ao redor.
Embora fosse dia, percebeu que as cortinas estavam fechadas e as luzes fracas estavam acesas. Depois, ele notou uma mulher sentada no sofá. Ela parecia magra e tinha feições bonitas. No entanto, parecia frágil e tinha uma mandíbula evidente, aparentemente em más condições. Ela estava atordoada e parecia exausta. Além dela, havia uma mulher em uma roupa de empregada e também um homem de terno parado ali. Ele tinha uma expressão cansada e parecia intimidador.
Quando Benjamin o viu pela primeira vez, soube que esse era o dono da casa. Logo, ele o cumprimentou. ''Olá.''
“Olá.” Bruno apertou sua mão.
Benjamin percebeu que o homem estava de mau-humor. No entanto, pensou que era normal, já que ele parecia o marido da paciente. Então, seria razoável se ele estivesse chateado, já que Victoria precisava de um psiquiatra. Portanto, o profissional não disse mais nada e foi direto ao ponto. “Sinto muito, mas posso ficar sozinho com a Sra. Selwyn?”
“Sozinho?” Os olhos de Bruno ficaram tensos quando o ouviu.
“Sim.” Benjamin sorriu. “Isso a ajudará a se abrir para mim.”
Muitos pacientes que tinham uma doença mental desconfiavam de suas famílias. Além disso, a maior causa das doenças dos pacientes eram seus familiares. Em suma, seria sensato estar em uma comunicação individual.
“Quanto tempo?”
“Não tenho certeza. Teremos que ver se ela está disposta a se comunicar comigo ou não. Além disso, também está associado à gravidade da condição da paciente.”
Bruno enrugou a testa enquanto olhava para Benjamin. Não havia como ele ficar à vontade com a ideia de Victoria estar em um quarto com um homem por um tempo indeterminado.
Ela é fraca. O que aconteceria se nenhum de nós soubesse que ela desmaiou lá dentro?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...