Segredos do amor romance Capítulo 516

Ambos congelaram após Victoria pronunciar essas palavras.

Arthur instintivamente notou que ela ficou atônita e só voltou a si após um tempo.

“Uma empresa? Eu tenho uma empresa?”, indagou.

Arthur pensou que ela tinha recuperado sua memória a princípio, mas logo percebeu, ao ouvir sua pergunta subsequente, que ela disse inconscientemente.

Ao pensar em sua empresa, ele começou a lembrar dos altos e baixos que passaram quando se reuniram pela primeira vez.

Se você está me ouvindo, Deus, mesmo que possa restaurar sua memória, por favor, deixe-a lembrar de outra coisa. Não a faça lembrar dessas infelicidades. Ela provavelmente terá uma má impressão de mim se só lembrar das coisas que fiz de errado.

Pensando nisso, Arthur imediatamente falou. “Vou cuidar da empresa para você. Se quiser se divertir, apenas venha e aproveite sem se preocupar com mais nada.”

“Você vai me ajudar?” Victoria piscou. “Mas você não deveria ter sua própria carreira também?”

“Bem, posso cuidar dos dois lados. Qual é o problema em cuidar da minha esposa?” Arthur passou um braço em volta de sua cintura e a levou em outra direção enquanto falava. Ele tinha medo de que ela pudesse lembrar das memórias dele causando problemas no início. O fato de ela não se lembrar das coisas boas poderia afetar o relacionamento deles.

De fato, os pensamentos de Victoria foram rapidamente desviados pelas palavras dele, e não mencionou a empresa novamente. Ela perguntou sobre coisas que não estava muito clara, como quando se conheceram e se casaram.

Quando se tratava de coisas que o beneficiavam, Arthur ficava mais do que feliz em contar para ela. Logo, tudo foi esclarecido após ouvi-lo.

“Então, éramos namorados de infância?”, perguntou.

“Isso mesmo.” Arthur acariciou a parte de trás da cabeça dela. “Você costumava me seguir o tempo todo quando éramos mais novos.”

Ela ergueu uma sobrancelha incrédula. “Como isso é possível?”

“Tsc! Você está negando agora que sua memória se foi? Se te perguntasse agora se você gostava de mim, também diria que não?”

“Que tipo de pergunta é essa... Você está tentando mudar de assunto?”

“Se isso funcionar a meu favor, claro, pode chamar assim. Então, me diga, você vai admitir?”

“Definitivamente não”, refutou. “Eu posso ter perdido minha memória, mas sei que não sou esse tipo de pessoa.”

Victoria sabia que Arthur gostava de provocá-la por causa de sua amnésia, por isso sentia que não poderia ter feito tais coisas.

Mal sabia ela que era verdade.

Ela costumava ir à residência Cadogan, não por causa dele, mas porque gostava especialmente de Célia. Mas, à medida que ia com mais frequência, suas chances de encontrar Arthur aumentavam naturalmente.

Depois disso, os dois começaram a brincar juntos e ela se apegou a ele. E começou a ir na residência para ficar perto dele.

Seu apego durou da infância até a idade adulta.

À medida que cresciam juntos e Arthur frequentemente a protegia, o homem sempre se considerava como seu irmão mais velho.

Só mais tarde, quando certas coisas aconteceram, é que ele percebeu que seus sentimentos por ela não eram platônicos.

Quando pensava no que aconteceu com Claudia no passado, seu humor mudava consideravelmente.

Se não fosse por ela ter se passado por sua salvadora na época, talvez tivesse percebido como realmente se sentia por Victoria quando era jovem. Seu futuro provavelmente não teria sido tão tumultuado também.

E se as coisas não tivessem sido tão difíceis naquela época, todas essas coisas que aconteceram mais tarde talvez não teriam acontecido.

Infelizmente, o que foi feito, foi feito. Não adiantava pensar nessas coisas. Arthur voltou ao presente e deu um tapinha na testa de Victoria.

“Tudo bem então. Mas quando recuperar sua memória, não poderá negar.”

Victoria o encarou. “Eu não disse que você precisa ser o único a cozinhar.”

“Você vai fazer então?” Ele imaginou casualmente a cena e imediatamente respondeu. “Não, você não pode fazer isso. Eu farei.”

A ideia de ver sua figura pequena correndo pela cozinha, suas mãos claras e delicadas lidando com a comida, lavando louça e usando uma faca de cozinha, era inaceitável para ele.

Ele não sabia o que os outros homens pensavam, mas ele não suportava vê-la fazendo essas coisas.

Eles poderiam compartilhar a carga de trabalho quando chegasse a hora.

Ocasionalmente, o latido dos cachorros e as vozes alegres das crianças passando podiam ser ouvidos do lado de fora. A atmosfera rural era densa e, apesar do barulho, ela estranhamente se sentia em paz.

Essa era uma experiência mágica.

Arthur cuidou bem dela escolhendo os alimentos gordurosos e carne que ela não conseguia comer com seu garfo.

Célia ficou um pouco infeliz após algumas idas e vindas.

“Arthur, pegue o que quiser e coma. Por que você continua roubando comida do prato dela?”

Arthur sorriu. “Vovó, a comida no prato dela tem um gosto melhor!”

Essa observação deixou Célia sem palavras. Ao lado dela, Alberto riu e declarou: “É normal os jovens serem brincalhões. Deixe-os fazer o que quiserem.”