Em meio ao silêncio, um homem mal-humorado se manifestou.
“Por que devemos ir para outro lugar, moça? Somos todos amigos do Sr. Burke, há algo que não podemos saber? Não se preocupe, mesmo que seja confidencial, vamos fechar os olhos.”
Victoria franziu a testa.
Olhou para o homem pervertido com um brilho feroz nos olhos.
Após tanto tempo junto de Arthur, estava ficando igual a ele.
Seu olhar, apenas, foi suficiente para que o sujeito se assustasse e se calasse.
Quando desviou os olhos, o homem enfim percebeu o que estava acontecendo.
Droga, qual é o meu problema? Como posso ter medo de uma criança? Estava possuído?, pensou.
“Talvez não seja conveniente mudarmos de lugar. Se o cheiro a incomoda, podemos deixar a porta aberta. Pode ser?” Enquanto César falava, mostrava um sorriso amedrontador.
Um homem ao seu lado gritou ordens: “Ouviram? Parem de fumar! E se a Sra. Selwyn engasgar? Ela está aqui para discutir uma parceria. Se não der certo, não serão capazes de compensar.”
O sujeito pareceu sarcástico, o que Victoria achou irritante.
Se não estivesse ali para orientar Yasmin, teria ido embora. Pensou um pouco e decidiu falar com a jovem quando o odor diminuiu.
Até ali, Yasmin a estava seguindo, mas percebeu que teria que lidar com a maioria das coisas sozinha depois que Victoria partisse, então se adiantou e ficou ao seu lado.
A sala estava barulhenta e cheia. Victoria escolheu um assento relativamente limpo e sentou-se.
Yasmin sentou-se ao lado dela, ignorou o que se passava, pegou o contrato e disse: “Este é o contrato que elaboramos, Sr. Burke. Pode dar uma olhada...”
Antes que pudesse terminar de falar, o amigo de César pegou dois copos e os encheu para elas.
O homem encostou no sofá e cruzou as pernas. Olhou-as com um meio sorriso e disse: “Ei, linda. Não precisa apressar as coisas. Estamos aqui para nos divertir, não vamos falar de negócios. Que chato isso seria! Tome uma bebida e vamos conversar.”
Yasmin pegou de volta o contrato sem saber o que fazer.
Victoria não se mexeu e permaneceu sentada em silêncio. Sua pele e belos traços eram ainda mais atraentes sob as luzes.
César a examinou, seus dedos enroscavam-se uns nos outros e seus olhos se perturbaram.
Ela vestia uma roupa simples, mas possuía uma dose sedutora letal. Sentada ali, seu pescoço esguio a fazia parecer um cisne imponente.
César engoliu em seco, sentindo-se um pouco tentado. Não fosse pela intromissão de Arthur em seus negócios, aquele cisne teria sido dele.
“Vamos lá, não fiquem aí paradas. Bebam.”
Yasmin era uma pessoa tímida e, obediente, moveu-se para pegar o copo. No entanto, ao ver Victoria ainda impassível e imóvel, mudou de ideia.
Lembrou-se de quando lhe disse para não alimentar a ganância das pessoas.
“O que foi?” César tirou a mulher de seus braços e se aproximou de Victoria. “Não está disposta a me acompanhar nem mesmo uma vez, Sra. Selwyn?”
“Ele tem razão. Estamos falando do Sr. Burke. Não vai acompanhá-lo e beber um pouco?”
“Estamos aqui para nos divertir, de qualquer forma. É só beber.”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...