Ao ver o rosto pálido dele, Victoria imaginou que devia ter se lembrado.
“Então, Sr. Burke? Não se esqueceu do que disse naquela época, esqueceu?”
Um dos amigos ao seu lado perguntou com curiosidade: “O que você disse, César?”
Sua mente deu um branco. Sempre pensou que Victoria menosprezava seu passado e que estava atrás de pessoas poderosas, mas nunca imaginou que ela tivesse ouvido o que havia dito.
Quando percebeu que suas palavras o fizeram perdê-la, quis bater em si mesmo.
“Não é bem assim!” César cerrou os dentes e explicou com os olhos avermelhados: “Foi uma besteira que eu disse só porque achei engraçado. Não tinha intenção de te ofender.”
A verdade é que, se estivesse apenas brincando, não teria ido até a vila termal atrás dela só porque ouviu que estaria lá.
“Engraçado?” Victoria inclinou a cabeça como se estivesse pensando na palavra. Pouco depois, falou: “Aquelas palavras são engraçadas para você, né, Sr. Burke?”
César disse: “Não foi o que eu quis dizer! O que quis dizer foi...”
“Tudo Bem. Voltemos ao assunto que viemos tratar. Estamos aqui para discutir negócios. Se não tem intenção colaborar com o Grupo Cadogan, não há necessidade de continuarmos aqui.”
César recusou-se a ceder. Finalmente tinha descoberto o motivo, como poderia deixá-la ir embora?
Agarrou o pulso de Victoria. “Posso explicar.”
A mulher franziu a testa. “Solte.”
“Não, por favor, posso explicar. Naquela época, eu só estava...”
Bum!
A porta semicerrada da sala foi aberta de repente, assustando todos com o barulho.
Homens corpulentos vestindo trajes pretos correram para dentro da sala.
“Quem são vocês? Quem os deixou entrar?”
Alguém questionou e, em resposta, um dos homens segurou a cabeça da pessoa e jogou-a contra o chão frio.
A expressão do anfitrião se alterou e, inconscientemente, soltou Victoria. Levantou-se e perguntou: “O que você está fazendo? Não sabe que lugar é este? Não sabe quem eu sou?”
Pow!
César tinha acabado de falar quando um soco acertou seu rosto e ele foi derrubado.
“Ah!” A menina sentada ao seu lado soltou um grito aterrorizado.
Yasmin também se assustou e agarrou a roupa de Victoria.
Nunca passou pela cabeça da mulher que presenciaria tal cena. Quem exatamente César ofendeu? De qualquer forma, não podia ficar ali mais tempo.
Victoria olhou para a porta e ficou transtornada.
Alguns dos invasores continuavam ali parados, impedindo a passagem. Se se levantasse e levasse Yasmin consigo, permitiriam sua passagem?
Era em que pensava, mas não se atreveu a agir de forma imprudente. Segurou a mão da jovem, gesticulando para que ficasse parada. Estava tão assustada que se escondeu atrás de Victoria.
As pessoas no local podiam ver que aqueles homens não estavam ali para jogar conversa fora. Afinal, tinham visto o soco que César levou.
Sem o líder, os demais ficaram aterrorizados e não ousaram fazer barulho.
Uma atmosfera sinistra e pesada pairava na sala.
Victoria perguntava-se se deveria tentar sair quando o homem que bateu em César se aproximou e se curvou de modo respeitoso.
“Prazer, Sra. Selwyn.”
Victoria ficou atordoada.
O que está acontecendo?
Por que ele me conhece?, perguntou-se.
Observou-o com desconfiança. “E você é?”
“Nosso patrão solicita uma audiência com você.”
O homem até assumiu uma atitude cavalheiresca.
“Quem é o seu patrão?”, perguntou Victoria.
O homem sorriu e manteve a postura, mas não respondeu.
Um velho amigo meu?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...