Victoria ficou em silêncio.
Sem resposta, Suelen suspirou.
“Sei que está predisposta a acreditar nela porque te ajudou, então sua opinião foi afetada por isso, mas devia pensar um pouco. Ela pode ter motivos para armar para você. Tudo bem que te ajudou uma vez e você deve retribuir um dia, mas não tem de ser agora. Sinceramente, o que ela fez antes não significa que não te fará mal agora.”
“É, eu sei”, concordou Victoria.
Suelen percebeu que sua amiga se sentia para baixo, assim, sugeriu: “Por que não vem para minha casa? Posso fazer companhia para você. Podemos conversar a noite toda e posso tirar o dia de folga amanhã.”
“Não tem problema.” Victoria agitou a cabeça. “Griselda deve estar esperando. Tenho de voltar.”
Além disso, o incidente desta noite a acordou. Quando ouviu o que Nicolas tinha a dizer, alimentou um pouco de esperança de que a situação não era tão ruim quanto parecia, mas essa esperança desapareceu.
Quem era o culpado?
Só podia culpar-se por se agarrar de forma tão patética a uma esperança que não existia.
“Está bem. Nesse caso, volte logo para casa. Está ventando muito hoje. Consigo sentir o chiar do vento em meus ouvidos. Não sente frio, não?”
Victoria sorriu diante do cuidado e consideração de sua amiga e disse baixinho: “Certo, entendi. Vou para casa.”
Suelen suspirou aliviada quando percebeu que a voz de Victoria havia voltado ao normal. “Que bom. Vai logo e me avise quando chegar.”
“Está bem.”
Victoria desligou, mas não tinha pressa para ir embora.
Fechou os olhos e sentiu a brisa fria da noite.
Estava esfriando.
Quando viu a previsão do tempo ontem, disseram que a temperatura cairia significativamente esta noite. Uma massa de ar frio vinda do sul, por isso as pessoas foram aconselhadas a se agasalhar.
Em seu caminho para o hotel, não sentiu o frio prometido.
Agora, porém, sentia.
Victoria fungou. Está mesmo frio hoje, pensou.
Sonhava acordada e sentiu uma presença ao seu lado.
Então um casaco quente cobriu seu corpo e ela sentiu o cheiro forte de tabaco no ar.
Abriu os olhos.
“Dói?”
A voz de Bruno soou ao seu lado. Ele estendeu a mão e tentou tocar a ferida em sua bochecha, mas no instante em que a ponta dos dedos roçaram a pele dela, a mulher se esquivou por instinto, evitando seu toque.
Seus dedos pararam no ar.
Victoria se feriu quando Elaine agarrou seu cabelo. As unhas da agressora arranharam sua pele e deixaram uma longa linha de sangue em sua bochecha. Não era possível ver de longe, já que seu cabelo estava uma bagunça e cobriu a ferida.
Como havia colocado os fios atrás das orelhas, o corte foi revelado.
Talvez por causa do vento forte que golpeava seu rosto, Victoria não sentiu dor. Apenas à menção de Bruno percebeu que havia um corte em seu rosto.
“Estou bem.”
O homem retirou a mão antes de olhá-la com leve exasperação.
“Por que não se explicou?”
“Para quê?” Sua expressão era séria “Ele a ama muito. Se tivesse dito que ela caiu sozinha, acreditaria em mim?”
Bruno riu e disse: “É verdade. Desde que era jovem, sempre priorizou Claudia. Tem razão em não explicar nada.”
Com isso, acariciou a nuca dela. “Vamos. Você não jantou direito, então vou te levar para comer.”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...