Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1158

Ao ouvir aquela mulher dizer que o perfume era uma criação exclusiva da Filomena, Victoria arregalhou os olhos e exclamou "impossível", antes de desmaiar.

Adriana imediatamente chamou o médico.

Após examiná-la, o médico advertiu: "Procurem manter a paciente tranquila, sem pensamentos negativos."

Tomás assentiu várias vezes.

Com um olhar, sugeriu que todos saíssem, para que Victoria pudesse descansar.

Ao sair do quarto, Tomás estava com o rosto tenso.

"Adriana, vá até a casa e procure o perfume da sua mãe. Verifique se é o mesmo aroma que você sentiu na Sra. Azevedo."

"Tá bom."

Adriana também achava que era imprescindível esclarecer aquilo agora.

O ódio de Filomena por ela e Victoria claramente escondia outros motivos.

Ao sair do hospital, Janete recebeu uma ligação da delegacia.

"O Rogério quer me ver, parece que quer negociar."

"E o que você pretende fazer?"

Adriana sabia que o senhor jamais permitiria que Rogério fosse preso.

Janete manteve a expressão inalterada: "Se ele quer negociar, precisamos ver se a proposta dele é vantajosa."

Ela também sabia que o senhor faria de tudo para proteger Rogério.

Em vez de destruir tudo, era melhor buscar um acordo que lhe fosse favorável.

Dividiram-se: Adriana entrou no carro com Jaques rumo à casa.

No caminho, Adriana virou-se para Jaques: "Por que você não me deixou contar para todos sobre a semelhança entre a mulher que está com Hector e eu?"

Jaques girou o anel no dedo e respondeu com calma: "Não é por querer esconder, mas porque agora não é o momento certo. Sua mãe e Tomás ficariam preocupados, você acha que sua mãe teria forças para lidar com isso agora?"

Adriana concordou com um aceno de cabeça.

"Mas não entendo, quem a Sra. Azevedo odeia sou eu, então por que ela sempre ataca minha mãe, sem se importar com sua própria posição? Só para me provocar?"

O olhar de Jaques escureceu.

"E se olharmos por outro lado? Por causa da relação entre Justina e o Diretor Azevedo, todos achamos que a Sra. Azevedo odeia você, e que sua mãe é apenas um dano colateral."

"Mas com você ela sempre mantém o controle, só com sua mãe que ela perde completamente a postura de uma esposa de família tradicional."

De fato.

Quase instantaneamente, o perfume acalmava o coração e fazia com que se olhasse para quem o usava sem perceber.

Adriana se aproximou para sentir melhor, tentando distinguir, e assentiu para Jaques.

"É esse aroma, tenho certeza. Mas se é um perfume exclusivo, como podem ser idênticos?"

Mesmo que não usasse perfumes, ela sabia que uma pequena diferença na fórmula já alterava o aroma.

Para serem iguais, só com a fórmula exata.

Jaques pegou o frasco e o examinou. Era bem comum, sem nenhuma marca aparente.

Mas encontrou, no fundo do vidro, a palavra que Tomás mencionara.

Parecia ter sido gravada posteriormente.

Howard.

"Sobrenome?" Adriana arriscou.

"Sua mãe já contou de onde veio esse perfume?"

"Ela disse que foi um presente de uma grande amiga, mais de vinte anos atrás, mas essa amiga já faleceu. Quando fala disso, minha mãe fica muito triste, não parece estar escondendo nada." Adriana recordou.