Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1188

Mão de homem?

Adriana levou um susto; ela tinha certeza de que já tinha verificado tudo.

Apressada, abriu o vídeo novamente, limpou a tela e assistiu com atenção. No canto, de fato, aparecia uma mão longa e alva.

No pulso, metade de um relógio valiosíssimo se destacava.

Adriana virou-se para encarar o relógio de Jaques, lançando-lhe um olhar carregado de intenção antes de falar:

"Sr. Jaques, esse relógio não deve ser difícil de comprar, né?"

"Não é difícil. Na casa de leilões, primeiro analisam a capacidade financeira," Jaques respondeu com indiferença.

"……"

Isso é chamado de não ser difícil?

Mas isso só mostra que esse relógio só apareceu na casa de leilões.

Uma pessoa comum não teria ideia do quanto ele vale.

Além disso, como alguém poderia deduzir algo só por metade de um relógio?

A maioria dos leilões é anônima.

Ou acontece por telefone, com pessoas levantando placas e falando ao celular o tempo inteiro.

Algumas negociações vão e voltam várias vezes sem que ninguém saiba quem é o vendedor, nem quem é o comprador.

Os verdadeiros poderosos sempre fazem assim.

Adriana bateu no peito, aliviada por não ter passado de um susto.

Vendo que os comentários estavam ficando cada vez mais inflamados e prestes a ser fixados, ela rapidamente respondeu.

"Motorista."

Depois de responder, Adriana percebeu que Jaques estava olhando para a tela.

Preocupada que ele interpretasse mal, apressou-se em explicar: "Combinamos de não revelar nada agora. É um momento delicado, não podemos cometer erros."

Jaques sorriu de canto: "Hum. Mas você não quer olhar as respostas antes?"

Adriana ficou confusa, mas pegou o celular para conferir.

"Que motorista é esse que ganha tanto, a ponto de usar um relógio que custa milhões?"

"Esse não é um relógio que qualquer rico pode comprar."

"Adriana disse que é motorista, será que é... um apelido? Que ousada."

Apelido?

Apa...

Adriana virou-se para Jaques, mordendo os lábios: "Você... por que não me avisou?"

Jaques respondeu friamente, fingindo inocência: "Achei que fosse de propósito."

"Eu acho é que você fez de propósito! E agora, como vou explicar isso?"

Justina arremessou o jogo de chá à sua frente e só então conseguiu se acalmar.

Do lado de fora, Filomena esperou até que o acesso de raiva passasse, e só então entrou com um saco de gelo nas mãos.

"Não se irrite, pelo menos agora as fofocas na internet diminuíram bastante. Seu pai só perdeu a cabeça na hora, venha, deixa eu ver seu rosto."

Justina finalmente sentou-se, deixando Filomena aplicar gelo em sua bochecha.

"Seu pai ainda se importa com você, não foi grave, amanhã já não estará inchado."

"O mais importante agora é conseguir fechar o acordo entre seu pai e o Grupo Torres."

Justina virou o rosto de lado, rangendo os dentes: "Nunca vou perdoar a Adriana! Se não fosse por ela, o Sr. Jaques não teria me tratado assim! E meu pai não teria me batido!"

Filomena deu tapinhas em suas costas, tentando acalmá-la: "Pronto, já passou. Agora precisa focar em resolver o problema do seu projeto."

Ao lembrar do projeto, o olhar magoado de Justina se tornou frio e cruel.

Ela virou o tablet que estava de costas para si, e aumentou o volume.

"Ah! Ah!"

O grito agudo e doloroso de uma mulher preencheu todo o cômodo.

No vídeo, uma mulher franzina estava caída no chão; a roupa fina já estava encharcada de sangue.

Filomena lançou um olhar indiferente para a tela, completamente impassível.

Parecia que já estava acostumada com esse tipo de cena.