Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 157

"Venha aqui."

Adriana mordeu o lábio, sem conseguir interpretar o que Jaques realmente queria.

Porém, não tinha outra escolha a não ser obedecer. Então, ela se aproximou com passos hesitantes.

Assim que se sentou, sua mão ferida foi gentilmente puxada por ele.

Com movimentos cuidadosos, Jaques tirou um pequeno tubo de pomada para queimaduras do bolso e começou a aplicar no ferimento de Adriana.

Por um momento, ela ficou perplexa. Como ele sabia sobre a ferida?

Rapidamente, a sensação de frescor substituiu sua confusão, fazendo seu corpo relaxar instintivamente.

Combinado com o aroma do aromatizador, ela sentiu o mundo ficar um pouco mais claro.

Jaques, com a cabeça baixa e uma expressão indecifrável, falou calmamente: "Como você descobriu sobre o caso da Diretora Rocha? Aquilo aconteceu há dez anos. Depois do acidente de carro, ela mandou apagar todas as notícias relacionadas."

Ao ouvir aquelas palavras, o corpo de Adriana, que havia relaxado, enrijeceu imediatamente. Seus dedos se contraíram sem que ela percebesse.

Ela olhou para Jaques, com um sorriso amargo interiormente.

Ela tinha que agradecer a ele por isso.

Na sua vida passada, ela havia ouvido muitas informações fragmentadas do lado de fora do escritório de Jaques.

Embora não fossem claras.

Mas seguindo o rastro do tempo, não foi difícil para ela encontrar.

Mesmo que a Diretora Rocha tivesse apagado as notícias sobre seu marido, as reportagens do acidente - omitindo os nomes - ainda existiam, escondidas em cantos obscuros da internet.

No entanto, ela definitivamente não poderia contar isso a Jaques.

Adriana retirou sua mão, evitando olhá-lo: "Eu descobri por conta própria. Se a Diretora Rocha realmente gostasse tanto de camélias, por que plantaria uma espécie tão sensível perto do banheiro, em um jardim pequeno?"

Jaques lançou-lhe um olhar incrédulo, mas não insistiu no assunto.

Ele pegou uma bandagem: "Sua mão ainda não foi enfaixada."

"Eu posso fazer isso sozinha." - Adriana tentou pegar a bandagem das mãos dele.

A fumaça branca se dispersou na escuridão, enquanto a chuva forte continuava a bater na janela, incapaz de esconder a respiração cada vez mais entrelaçada de ambos.

Do lado de fora, a luz da lua estava velada, lançando um brilho suave sobre Adriana.

Seu rosto estava corado, seus olhos ligeiramente enevoados, e o suor em sua testa começava a emaranhar seus cabelos.

Jaques a encarou com um misto de emoções em seus olhos. Com um gesto lento, levantou a mão para tocar sua bochecha. O contraste entre a temperatura de sua pele e a palma fria dele a fez instintivamente esfregar o rosto contra sua mão, buscando conforto.

Seus dedos deslizaram, e ela, instintivamente, inclinou a cabeça para trás, expondo seu delicado pescoço.

Jaques acariciou a pele de seu pescoço, e ela de repente respirou fundo. Um movimento involuntário em sua garganta fez com que ele hesitasse por um momento, como se tivesse sido queimado.

No instante seguinte, Adriana sentiu uma respiração quente em seu pescoço.

"Está se sentindo mal?" - Jaques murmurou com uma voz baixa e rouca.

"Sim..."

"Faça você mesma…"