Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 159

No instante em que Adriana saiu da cama, a porta se abriu abruptamente.

Um grupo de pessoas entrou, formando uma pequena multidão que parecia fora de lugar naquele ambiente.

Além de Eunice e Luciana, estavam Larissa, o mordomo e até alguns homens, que olhavam ao redor de maneira desconfiada.

Eunice, liderando o grupo, analisava cada canto do quarto com olhos atentos.

Adriana olhou para o mordomo com desagrado: "O que vocês estão fazendo? É assim que recebem os hóspedes na fazenda? E se eu não estivesse devidamente vestida?"

O mordomo ficou visivelmente desconcertado e olhou instintivamente para Eunice, a noiva de Jaques, que fora quem insistira em invadir o quarto. Como ele poderia ofendê-la?

Rapidamente mudando o foco, o mordomo se desculpou: "Sra. Guerreiro, peço desculpas pelo transtorno. A Sra. Amaral estava preocupada porque você não respondia. Ela achou que algo pudesse ter acontecido, então pediu que eu abrisse a porta."

Adriana lançou um olhar para o relógio: "São sete horas da manhã. O que mais eu estaria fazendo além de dormir? Se estavam preocupados, não poderiam ter ligado?"

Eunice desviou seu olhar inquisitivo, irritada: "Adriana, eu estava tão preocupada que nem pensei nisso. Mas... assim que abrimos a porta, você acordou. Não estava fingindo que não ouvia, estava? Tem algo neste quarto que você não quer que a gente veja?"

Ela lançou um olhar para Luciana.

Antes que Adriana pudesse responder, Luciana rapidamente se colocou na frente dela, dizendo: "Como Adriana poderia estar escondendo algo? Tudo aqui pertence à Diretora Rocha, Sra. Amaral. Por favor, evite especular sem provas. Se tiver dúvidas, por favor, fique à vontade para verificar por si mesma."

O mordomo franziu o cenho ao ouvir aquilo.

A fazenda era conhecida por seus quartos decorados com itens valiosos. Se algo fosse danificado ou desaparecesse, ele certamente seria responsabilizado.

Imediatamente, ele fez um sinal para alguns homens atrás dele.

Eles abriram o armário e entraram no banheiro.

Por fim, um dos homens disse: "Não há nada de anormal, mordomo."

"Impossível."

Eunice, surpresa e contrariada, entrou no banheiro pessoalmente, revistando cada canto com cuidado, até mesmo atrás do suporte de toalhas.

Adriana sentou-se lentamente na beira da cama, com um sorriso frio: "Sra. Amaral, trazer todas essas pessoas para invadir meu quarto tão cedo... O que exatamente está procurando? Por que não diz logo? Assim, eu mesma ajudo a encontrar."

Eunice ficou pálida.

Meus empregados.

Ao ouvir isso, o sorriso de Eunice congelou. Quando ela levantou os olhos, encontrou o olhar gelado e sombrio de Jaques, o que a fez estremecer.

Ela baixou rapidamente o olhar, mordendo os dentes em frustração: "Diretora Rocha, peço desculpas. Passei dos limites."

A Diretora soltou um riso seco. Apesar de não simpatizar com a postura de Eunice, sabia que precisava manter as aparências por causa de Jaques.

"Não há problema. Só acho curioso tanto alarde por causa de um quarto tão pequeno. Não é como se... estivesse escondendo alguém."

Ela riu baixinho, cobrindo os lábios com uma das mãos.

Eunice ficou tão irritada que mal conseguia respirar.

Aparentemente, essa senhora sabia de tudo e ainda estava ali, zombando dela!

A Diretora Rocha, sem fazer alarde, tocou levemente em seus brincos. Era realmente muito jovem, perdendo a compostura com tão pouco. Como então iria lidar com o que estava por vir?

"Bem, já que a Sra. Amaral é tão altruísta, não seria justo revistar apenas o quarto da Sra. Guerreiro. Caso contrário, poderia parecer que estamos sendo injustos. Por isso, todos os quartos serão inspecionados."