Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 232

Adriana ficou perplexa com a atitude do homem, mas o que aconteceu depois a deixou ainda mais abalada.

"Se a criança se foi, então já passou. Nada nem ninguém é mais importante para mim do que você."

Ao terminar a frase, o homem segurou delicadamente o rosto de Eunice, acariciando as lágrimas nos cantos dos seus olhos antes de beijá-la sem hesitação.

Eunice permaneceu imóvel por um instante, mas logo o empurrou com firmeza.

"Você está louco? Aqui é um hospital! E se alguém nos vir?"

"Você não gostou?"

A postura do homem se transformou, emanando uma confiança insolente.

Ele não soltou o rosto de Eunice, ignorando completamente sua irritação e a beijou novamente, de maneira dominadora.

Inicialmente, Eunice resistiu, mas após alguns segundos, seus braços o envolveram instintivamente, e o beijo tornou-se mais profundo, carregado de desejo.

Até mesmo sons molhados podiam ser ouvidos.

Adriana ficou paralisada por alguns instantes antes de pegar seu celular para registrar o momento.

Infelizmente, a visão era parcialmente bloqueada pelos galhos das árvores, tornando difícil captar a cena com clareza. Determinada, ela ajustou o ângulo e afastou os ramos mais flexíveis.

Gradualmente, a imagem na tela do celular ficou mais nítida, revelando a figura do homem com cada vez mais clareza.

Na parte de trás da jaqueta de couro dele, havia a estampa de uma cabeça de águia em grande destaque. Abaixo, uma linha de iniciais em inglês, indicando, possivelmente, um grupo de motociclistas, embora parte das letras estivesse encoberta pelo braço de Eunice.

Seus cabelos curtos e postura despojada contrastavam fortemente com a elegância sofisticada de Eunice, uma dama da alta sociedade.

Eles se beijavam intensamente, como se o tempo tivesse parado, e o homem parecia querer mais do que apenas beijos. Sua mão deslizou para dentro do casaco de Eunice, arrancando um leve gemido dela.

Ela parecia desconfortável e seu rosto pálido, mas mesmo naquela situação dolorosa, havia um vislumbre de prazer no seu rosto.

"Ele pode te dar isso?" - sussurrou o homem, com a respiração ofegante, encostando-se à bochecha dela.

"Não, ele não pode. Ele nem me toca! Para... ah... Cuidado, alguém pode nos ver. E eu ainda estou me sentindo mal..." - Eunice repreendeu, com voz sedutora.

"Aqui, nesse final de outono, quase ninguém aparece. Só quero te tocar um pouco... Vai fazer você se sentir melhor." O homem a beijou novamente nos lábios.

Eunice relaxou em seus braços, com uma expressão de conflito interno marcada no rosto.

Adriana estava estupefata.

Jaques nunca havia tocado Eunice?

AF, Antônio.

O amigo íntimo de Jaques... o médico particular.

Não era de se admirar que Eunice tivesse conseguido evitar um teste de paternidade e falsificar tantos relatórios, acusando Adriana de maltratá-la e prejudicar seu filho.

E até sabia todos os movimentos de Adriana e Estela, preparando todas as armadilhas antecipadamente.

Era ele quem estava ajudando Eunice secretamente.

Não era surpresa que tivesse anunciado a morte de sua filha com um sorriso insensível...

Rindo... porque havia salvado seu próprio filho à custa da vida da filha dela!

Adriana estava tão furiosa que mal conseguia respirar. Seu corpo inteiro tremia descontroladamente, e acidentalmente quebrou um galho.

O som do galho quebrando foi particularmente nítido.

"Quem está aí?"

Adriana recobrou os sentidos e rapidamente se afastou.