Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 234

Adriana não ousou permanecer por muito tempo. Após se certificar de que ninguém estava por perto, saiu apressada do esconderijo. Quando pensou em começar a correr, uma dor aguda atingiu seu tornozelo, interrompendo seu movimento.

Ela mordeu o lábio para suportar a dor até chegar à beira de um lago artificial. Ao avistar o celular, ajoelhou-se no chão e estendeu metade do corpo para alcançá-lo.

No entanto, como havia permanecido submerso por muito tempo, o aparelho já não funcionava mais.

Pelo visto, a primeira parada seria em uma loja de reparo de celulares.

Ela se apoiou, ansiosa para encontrar um lugar para consertar o aparelho.

No entanto, ao dar o primeiro passo, uma dor lancinante atravessou seu tornozelo, forçando-a a se agachar novamente.

Adriana levantou a barra da calça e percebeu que, depois de torcer o pé, a posição incômoda em que se agachou atrás de um arbusto havia piorado a situação, causando um inchaço direto no tornozelo.

Ainda assim, aquele não era um lugar para se demorar.

Mesmo mancando, conseguiu sair pela porta lateral do hospital, atenta para evitar um encontro indesejado com Eunice.

Após se afastar o suficiente, não se apressou em procurar uma loja de conserto e entrou direto na primeira loja de celulares que encontrou, comprando um modelo idêntico ao seu. Rapidamente, colocou a capa antiga no novo aparelho.

Ao ligar, confirmou o que suspeitava.

Eunice havia ligado dez vezes e enviado várias mensagens no WhatsApp.

Alguém havia avisado Eunice, que agora estava apreensiva, temendo que Adriana a tivesse visto em um momento íntimo com um homem. Sem dúvidas, Eunice a procuraria primeiro para esclarecer a situação.

Adriana abriu o WhatsApp e as mensagens de Eunice apareceram.

[Onde você está?]

[Disseram no estúdio que você saiu, para onde foi?]

[Responde, estou precisando falar com você!]

[Por que seu celular estava desligado?]

Entre outras, todas questionando Adriana.

Adriana retornou a ligação de Eunice.

Eunice atendeu imediatamente: "Adriana! Onde você estava? Por que desligou o celular?"

Adriana respondeu confusa: "Sra. Amaral, você saiu mais cedo, mas eu ainda estava trabalhando. Meu celular descarregou e só consegui encontrar um lugar para carregar o celular depois de um tempo. O que houve? Estou voltando para o estúdio agora mesmo."

Adriana mal podia acreditar que Eunice tivesse boas intenções com aquele convite repentino.

Após alguns segundos de reflexão, apoiou-se na parede para recompor-se e saiu apressada da loja de celulares.

Eunice estava calculando o tempo.

Ela tinha sido negligente. Eunice deve ter deduzido que ela estava na empresa da Diretora Rocha, por isso insistiu para que voltasse ao estúdio para o lanchinho da tarde.

Considerando que a empresa da Diretora Rocha não ficava longe do estúdio, uma viagem de carro levaria no máximo vinte minutos - mesmo com trânsito intenso, não levaria mais de meia hora.

No entanto, Adriana precisaria pegar um táxi saindo da região movimentada do hospital, onde estava, até o estúdio. Mesmo em condições ideais, a viagem levaria pelo menos quarenta minutos.

Ela realmente não deveria subestimar Eunice!

Assim que saiu, Adriana chamou um uber, ofereceu um valor extra ao motorista e pediu que ele seguisse rotas menos congestionadas.

Mesmo assim, o GPS mostrava que levaria quarenta e três minutos para chegar ao estúdio.

O motorista disse, sem muita opção: "Moça, estamos indo o mais rápido possível. Se tivéssemos continuado pela avenida principal, certamente ficaríamos presos no trânsito por mais uns quinze minutos."

Adriana, ansiosa, implorou: "Motorista, por favor, pense em outra alternativa. Eu preciso chegar em meia hora, sem falta!"