Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 245

Adriana olhou para Jaques, surpresa. Como ele sabia que ela queria comer Camarão Crocante com Creme de Bobó?

Jaques inclinou levemente a cabeça e disse com indiferença: "Coma."

"Ok."

Ela assentiu e começou a saborear a comida.

Lucas observava a cena com uma expressão indecifrável, segurando o garfo firmemente em sua mão.

Marsha, segurando delicadamente um guardanapo, pressionou-o contra o canto dos lábios e soltou uma risada suave: "Adriana, como você acabou vindo jantar com o Jaques? Como uma anciã, sinto que devo lembrá-la de que há certas coisas que uma mulher não deve fazer repetidamente. Para uma dama, a reputação é o mais importante."

O rosto de Adriana empalideceu imediatamente.

Ela sabia exatamente ao que Marsha estava se referindo: o breve envolvimento que tivera com Jaques no passado.

Mesmo tendo acontecido há muito tempo, ninguém na Família Torres ousava mencionar o assunto abertamente. Contudo, Marsha fez questão de expô-la diante de todos, sem o menor escrúpulo.

Nesse momento, o som de servir café ecoou pela mesa.

Ao colocar a cafeteira de volta, Jaques pegou calmamente a xícara de café, lançando um olhar gelado sobre Marsha.

"Eu nem sabia que precisava explicar meus passos para estranhos. Não é mesmo?"

A palavra "estranhos" feriu profundamente Marsha.

Ela colocou os talheres na mesa com força: "Jaques, o que quer dizer com isso?"

Jaques colocou calmamente a xícara de café de volta, com uma expressão impassível: "Exatamente o que parece. Vêm e vão quando bem entendem, achando que estão brincando na Família Torres. Se está tão difícil decidir, talvez eu deva pedir permissão ao seu pai para libertá-los de vez."

Marsha e Lucas ficaram momentaneamente desarmados.

Deixar a Família Torres e retornar à Família Pires seria uma desonra difícil de apagar.

Percebendo a gravidade da situação, Lucas ergueu sua xícara de café com um sorriso contido: "Tio, minha mãe não fez por mal. Ela só estava brincando com Adriana."

"É mesmo? Uma brincadeira só é engraçada quando todos riem. Preciso explicar essa lógica para vocês também?"

A mão de Jaques repousava na borda da xícara, onde o rubi de seu anel brilhava à luz como uma gota de sangue, ameaçador e imponente. Cada batida de seus dedos parecia uma sentença.

Lucas lançou um olhar para Marsha.

Ela, relutantemente, voltou-se para Adriana: "Adriana, acho que exagerei... Não foi por mal. Vou beber este café como pedido de desculpas. Espero que não guarde rancor."

Ela ergueu a cabeça e tomou o café.

"Você ainda escolheu ele? Acha mesmo que ele vai te tratar bem? Você o traiu... ele só está se vingando."

"Você está pensando demais."

Adriana tentou passar por ele empurrando a cadeira de rodas.

Ele, furioso, segurou a cadeira para impedi-la de ir e se inclinou para perto dela.

Adriana se encostou firmemente no encosto da cadeira, levantando a mão para bloqueá-lo.

Mas ele agarrou seus braços: "Adriana, sei que ainda está brava... mas o que sinto por você é real. Depois desta parceria, até Jaques terá que me respeitar na Rivazul. Se você estiver ao meu lado, nunca mais precisará se preocupar com a Família Torres."

Adriana se debateu, mas seu aperto era implacável, deixando marcas vermelhas em sua pele delicada.

Ela disse, irritada: "Não tenho interesse em me meter nas suas disputas. Se quer derrotá-lo, faça isso sozinho. Caso contrário, será o próximo a cair!"

"Ah, então duvida de mim?" - Lucas riu, passando a mão com firmeza pelo rosto de Adriana: "Desde que você esteja ao meu lado, ele só tem uma opção: perder."

Adriana o encarou, perplexa: "O que você quer dizer com isso?"

"Para derrubar alguém poderoso... é preciso encontrar sua fraqueza."