Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 246

Quando Lucas mencionou fraquezas, ele olhou intencionalmente para Adriana.

Ela, um tanto desconfiada, estava prestes a fazer uma pergunta, mas uma voz grave ecoou atrás dela:

"Adriana."

Jaques se aproximava com suas longas pernas, trajando um terno preto e branco simples, mas que, mesmo sem extravagâncias, destacava sua presença imponente e seu caráter firme. Não precisava de adornos para se impor.

Bastaram alguns passos para que uma atmosfera sufocante se instalasse.

Até mesmo o cigarro de Lucas, esquecido entre seus dedos, queimou até o filtro. Sob o olhar afiado de Jaques, ele permaneceu imóvel, como se estivesse preso por correntes invisíveis.

A única coisa que se movia eram seus olhos, cheios de um ódio ardente.

Jaques, porém, passou por ele como se fosse irrelevante, ergueu Adriana em seus braços e, sem dizer uma palavra, virou-se para sair.

"Tio."

A voz de Lucas soou áspera e sombria atrás deles.

Jaques parou, mas não se deu ao trabalho de olhar para trás.

Adriana lançou um olhar para Lucas e percebeu sua expressão se tornar cada vez mais obsessiva, algo nela se inquietava profundamente.

Com um sorriso frio, Lucas disparou: "Tio, aposto que você não sabe... Adriana disse que, se eu concordasse, ela iria comigo para o exterior."

Ao ouvir isso, Adriana ficou furiosa, tentando se desvencilhar de Jaques, como um gato arisco.

Jaques, com seus braços fortes, a segurou firme, olhando para ela com um olhar frio e penetrante, e disse pausadamente: "Se ela tem um gosto tão ruim, como seu ancião, é meu dever dar-lhe uma boa lição quando chegarmos em casa."

Lição?

Adriana estremeceu, sentindo um arrepio intenso percorrer sua espinha.

Sem esperar resposta, Jaques seguiu para fora do restaurante, ignorando completamente Lucas, que agora parecia à beira de uma explosão.

Caminhando em direção ao estacionamento, Adriana continuava a se contorcer.

"Me coloque no chão! As pessoas vão nos ver!"

De repente, um tapa firme atingiu seu traseiro, fazendo seu rosto arder de vergonha.

Jaques arqueou uma sobrancelha e com um sorriso frio, perguntou: "Se acalmou? Não está mais planejando fugir com ele?"

"Não era uma fuga!" - Adriana rebateu.

"Partiria com ele?"

"…"

Quando ele se aproximou, ela se sobressaltou, com seu corpo tremendo enquanto seus pés buscavam firmeza no chão.

Quando estava prestes a tocar o chão, Jaques estendeu o pé, permitindo que Adriana se equilibrasse sobre seus sapatos.

Então, ele a envolveu completamente em seus braços.

Parecia que sem uma explicação, ele não iria embora.

Irritada e envergonhada, Adriana murmurou: "Fui eu quem sugeriu. Eu queria ir…"

Antes que pudesse terminar, ele a interrompeu com um beijo feroz.

Depois de algum tempo, o beijo se suavizou, afastando-se lentamente de seus lábios.

Ele a observou com os olhos semicerrados, a voz rouca e intensa: "Ainda quer partir?"

"Par…" - Adriana arfava, tentando recuperar o fôlego. Finalmente, conseguiu falar: "O que você tem a ver com isso? Por que isso teria algo a ver contigo, tio?"

De repente, sua nuca foi firmemente segurada por uma mão decidida, frustrando qualquer tentativa de resistência.

Seus olhares se cruzaram - profundos, intensos, carregados de sentimentos complexos e palavras não ditas.

"Qual é a nossa relação?"